O uso das redes sociais na comunicação organizacional

Slides da aula ministrada no curso de pós-graduação “Comunicação Organizacional e Tecnologia”, da FSBA, em Salvador, no dia 8 de julho.

Mundo S/A entrevista Bob Greenberg

Bob Greenberg, presidente da R/GA, uma das mais importantes “agências” de marketing digital concedeu uma entrevista ao programa Mundo S/A, da Globo News. Greenberg deixa claro que boas ações de marketing são aqueles onde os consumidores podem se relacionar com as marcas e as organizações passam a fazer parte do cotidiano das pessoas.

Clique na imagem abaixo para assistir o vídeo, já que a Globo.com não permite mais o embed dos seus conteúdos multimídia.

 

“O grande desafio do marketing é como fazer com que as organizações estejam presentes no dia a dia do seu público”, diz Marcel Ayres

Desafios do marketing em redes sociais, geolocalização e as oportunidades para as marcas/empresas e como extrair informações relevantes das mídias sociais são alguns dos pontos abordados pelo Marcel Ayres, na entrevista realizada por e-mail, que integra a série “3 perguntas para”.

Por ter uma experiência prática e dedicar-se a pesquisa acadêmica, Marcel, que é sócio da agência PaperCliQ – Comunicação e Estratégia Digital, pesquisador no Grupo de Pesquisa em Interações, Tecnologias Digitais e Sociedade (Gits – UFBA) e co-criador dos Ebooks “Mídias Sociais: Perspectivas, Tendências e Reflexões” e “Mídias Sociais e Eleições 2010”, sinaliza aspectos importantes da comunicação em rede.

Confira a entrevista:

Yuri Almeida – O boca a boca é uma ferramenta mais eficiente do que uma típica propaganda veiculada em uma mídia. Dito isso, as estratégias de marketing não deveriam estar mais preocupadas ou focadas em promover um diálogo com os consumidores e/ou público-alvo e colocar a marca/empresa na conversa diária do que, simplesmente, anunciar seus serviços?

Marcel Ayeres – Sim! E isso será cada vez mais demandado pelos consumidores, principalmente no contexto em que estamos vivendo – marcado por ambientes de sociabilidade online, nos quais as pessoas estão interagindo, trocando experiências e estabelecendo relacionamentos. As organizações devem entender melhor o seu público também sob o aspecto humano, marcado por desejos, anseios, especificidades etc. Acredito que o grande desafio do marketing é como fazer com que as organizações estejam presentes no dia a dia de seu público de maneira significativa, oferecendo experiências que extrapolem o intuito de vendas e explore, além de uma utilidade prática, uma dimensão simbólica na vida dessas pessoas.

YA – Como a Netnografia e o Coolhunting podem auxiliar as empresas/marcas no planejamento de uma campanha ou atuação nas redes sociais?

MA – Tanto a Netnografia quanto o Coolhunting se baseiam em métodos de pesquisa para a observação e análise de comportamentos. Na Netnografia (termo que surge da contração entre Internet e Etnografia), o pesquisador entra em uma determinada comunidade ou grupo e passa a experienciar o dia a dia do seus atores, observando e avaliando seus comportamentos e características peculiares. Já o Coolhunting, é uma prática que surgiu da moda, mas que hoje é aplicado na observação e predição de possíveis tendências comportamentais em diferentes temas e/ou grupos sociais.

Desse modo, hoje com a gama de informações públicas presentes na web (principalmente nas mídias sociais), através de métodos de pesquisa e análise qualitativas como a Netnografia e o Coolhunting, é possível compreender melhor o público desejado, saber do que ele fala, do que gosta ou não gosta, como se comporta em ambientes online etc. Com base nessas informações, as empresas podem traçar estratégias mais precisas e segmentadas, sem “achismos”, mas, sim, baseando-se em informações concretas produzidas pela peça-chave de seu negócio: o consumidor.

YA – As ferramentas de geolocalização e a cultura de compartilhamento de informações, baseadas, sobretudo na mobilidade, é uma tendência. Quais as possibilidades e os desafios que estes processos trazem para empresas e marcas?

MA – Uma grande oportunidade para as organizações é a observação e análise do comportamento dos usuários em um determinado espaço e tempo. Ou seja, através de ferramentas como o Foursquare, Facebook Places, Gowalla, entre outras, é possível saber não só onde esse usuário está e o que ele gosta de fazer em sua cidade, mas, também, entender mais como foi a sua experiência nos locais visitados. Com essas informações em mãos, pode-se traçar, por exemplo, os principais pontos fortes e fracos de um determinado PDV, evento etc. Além da experiência localizada, outra grande oportunidade para empresas/marcas através da geolocalização é a possibilidade fomentar ações mobilizadoras, que extrapolam os ambientes online, integrando os esforços de comunicação.

“Entender o comportamento do consumidor é fundamental para um planejamento estratégico”, diz Felipe Morais

Em continuidade a série de entrevista “3 perguntar para” questionamos ao autor do (bom) livro Planejamento Estratégico Digital, Felipe Morais, os desafios em tempos de comunicação integrada e baseada em redes sociais e as diferenças entre o planejamento offline e online.  Confira o bate-papo por e-mail com o especialista:

Felipe Morais | Divulgação

Yuri Almeida- Existe (m) diferença (s) ao elaborar um planejamento estratégico para um marca/empresa “offline” e “online”? Qual (is) essa (s) diferença (s)?

Felipe Morais – Sim. Mesmo que tudo seja comunicação, é importante salientar que as respostas são diferentes. Vender um carro pela TV é diferente de vender pela web, pois no digital é possível um nível de interação muito maior, por outro lado, um comercial na TV vai provocar que o usuário vá para a web conhecer mais sobre o produto.

Essa é a diferença, pois a metodologia de planejamento acaba sendo a mesma, onde, basicamente o planner deve ligar o consumidor com as marcas, entendendo o objetivo da marca, quem é esse consumidor – entender a fundo – pesquisar o cenário e mercado em que a marca está inserida e traçar a estratégia, para isso independe se é on ou off.

Y.A – Quais elementos são imprescindíveis em um planejamento estratégico?

FM- Entender o comportamento do consumidor. Saber quem é, o que faz, como faz, porque compra, onde compra, quem influencia e como interage com o produto. Isso é essencial. O Planner também deve ser um eterno curioso! Pesquisar tudo a todo o momento. Entender e analisar tudo. Se colocar no lugar do consumidor e entender como comprar. Planners devem ir para a rua conhecer a fundo seu público.

Y.A – Aqui na Bahia, a maior parte das “grandes” agências de publicidade não contam com núcleo digital – geralmente terceirizam o serviço para agências “menores” especializadas. Tal cenário pode prejudicar a elaboração e/ou execução do planejamento estratégico?

FM – Depende da integração. Recentemente vivi essa experiência e sinceramente não foi nada positiva pelo alto ego da agência offline. Se as duas agências se focarem no resultado para o cliente e esquecerem o ego, as chances de dar certo são maiores. Já vi casos assim. Tudo depende da integração entre as agências e do pulso firme do cliente.

Preparem-se! O Twitter vai publicar anúncios em sua timeline

Preparem-se pois o Twitter irá colocar anúncios publicitários em sua timeline. A medida será paradoxal: se por um lado irá atrair mais empresas e, consequentemente, aumentar o lucro do Twitter, por outro invadirá a privacidade dos usuários e, de certa forma, mudará o objetivo da ferramenta, uma vez na timeline irá aparecer não apenas o conteúdo previamente selecionado, mas também, propaganda.

Atualmente, o Twitter tem como estratégia oferecer tópicos patrocinados no Tends e a promoção de perfis, ambos figuravam na barra lateral da versão Web, sem invadir o espaço do conteúdo. A outra estratégia que também não afeta o uso da ferramenta são os anúncios que aparecem nas buscas.

Curiosamente, o aplicativo HootSuite já posta anúncios na timeline, que na maioria das vezes não tem relação com o perfil dos usuários. Não conheço ninguém que tenha clicado em uma propaganda dessas ou que a medida resultou em grandes resultados.

O Echofon e o Snaptu, em plataformas mobile, também exibem banners publicitários, menos mal, tendo em vista que não invadem a timeline alheia. O próprio Twitter, após pressão dos usuários, teve que retirar os anúncios de seu app para iPhone.

Dito isso, as medidas que o Twitter anunciou como estratégia para aumentar a receita da empresa já são experiências realizadas e, a maioria, sem sucesso.

Jornal abandona site para atuar apenas no Facebook

O jornal hiperlocal Rockville Central, sediado nos Estados Unidos, abandonou a sua homepage (servirá apenas como arquivo das reportagens) para publicar suas notícias apenas no Facebook. As matérias são publicadas na aplicação “Notas” do FB.

O Rockville Central cobre uma pequena região dos EUA, com pouco mais de 60 mil habitantes. No comunicado oficial, onde o jornal explica a decisão de migrar integralmente para o Facebook, destacam:

“Se o Facebook é o lugar onde a maioria das pessoas dedicam seu tempo, por que ter uma Web separada das pessoas? Por que não irmos para onde as pessoas estão?”

Segundo o Rockville Central, via Facebook, o jornal recebeu a maior parte dos comentários e da participação, assim como boa parte dos seus visitantes – o Facebook fica em segundo lugar, atrás apenas do Google.

Apesar do entusiasmo, uma rápida observação da migração do Rockville para o Facebook, indica alguns problemas: a aplicação “Notas” não é adequada para a publicação de conteúdo devido a sua estrutura, é impossível criar tags para os posts ou um campo de busca específico, o Rockville Central também não tem gestão plena da publicidade e, por fim, está submetida as normas e regras do Facebook – que já deletou perfis por falarem de Osama Bin Laden, por exemplo.

Redes Sociais na Internet e Conversação Mediada pelo Computador

Raquel Recuero realiza palestra sobre redes sociais em Salvador

Raquel Recuero realiza palestra sobre redes sociais em Salvador

“Redes são sistemas complexos. Precisam ser estudadas a partir de sua estrutura e dinâmica. O estudo das conversações possibilita observar os laços sociais e os valores sociais construídos em uma determinada rede.”

Estas foram algumas das teses defendidas pela Raquel Recuero durante a palestra realizada ontem na UNEB. Intitulada de “Redes Sociais na Internet e Conversação Mediada pelo Computador”, a palestra navegou pelo histórico dos estudos das redes sociais, tipologia das conversações e o ciberespaço como um espaço social.

Em relação aos estudos das redes, Recuero destacou a importância da teoria dos grafos e os grafos sociais para analisar a composição e estrutura das redes, seja os atores ou conexões por estes desenvolvidas. Mas, frisou a importância do estudo da “dinâmica das redes sociais no tempo”, o foco das suas pesquisas.

Para ela, a “web 2.0” potencializou as redes sociais e a conversa no ciberespaço. Tais conversas podem ser sincrônicas (ocorrem no mesmo tempo) ou assincrônicas (ocorrem em vários “momentos temporais”). Ainda sobre o “tempo” e conversação comentei com Recuero algumas aberrações que ocorrem no twitter, como bom dia, boa tarde, tchau, oi gente! e saudações relacionadas. Aberrações porque no twitter, geralmente, as conversas são assincrônicas, logo as mensagens temporais não fazem muito sentido na ferramenta twitter, mas revelam um “vício” dos instant messenger.

Ainda sobre os microblogs, assunto que rendeu no debate, Raquel comentou que o twitter não permite uma conversação prolongada, na maioria das vezes encerra-se após o quarto twitt. O Plurk acredita ela, devido as suas características (karma, interface, organização das mensagens) será mais dialógico (assim como o MSN) do que o twitter, que será mais informativo.

Voltando a tipologia das conversações, existem os aspectos semânticos, onde o sentido é construído entre os interagentes (há negociação da fala, reciprocidade) e estruturais, que são as formas de conexões das interações (organização das formas da fala, persistência e migração).

Por fim, dois argumentos me chamaram mais a atenção na palestra:

– um laço social possuiu relações diferentes em várias plataformas (MSN, twitter, blog), o que denomina-se de multiplicidade;
– em toda rede existem os “conectores”, aqueles sujeitos que desenvolvem um número maior de relações e possuem uma lista de amigos mais volumosa. A função deste “conector” é importante para diminuir os graus de separação entres membros de uma rede, bem como potencializa a fluidez da conversação.

* O Leo Baiano (valeu pela foto) esteve por lá e escreveu um post. A Gabriela também esteve e fez muitas perguntas.

Os jornais baianos já descobriram o twitter?

O relógio marcava 17h45 quando uma amiga do trabalho me avisou sobre a manifestação organizada por moradores do Bairro da Paz. O marido dela, que passava pelo local, informou-lhe sobre o protesto, que depois descobri que fora motivado pela onda de violência que abateu-se sob a localidade.

Não perdi tempo e divulguei a informação via twitter, tendo em vista que a fonte era digna de confiança. Twittei às 17h46 e furei (ou seja, publiquei em primeira mão a notícia) a mídia baiana. Fiz o mapeamento da imprensa de Salvador e do interior do Estado e a primeira referência ao assunto fora realizado pela Rádio Sociedade AM, às 18h14. No A Tarde, o maior jornal da capital baiana, somente às 18h46 subiram a notícia.

O intervalo de tempo entre meu twitt e a publicação da Rádio Sociedade revela as falhas/ausência no aspecto dialógico/relacional dos media com os cidadãos. Escrevi um post onde argumento que o ciberjornalismo demanda uma mediação mais dialógica dos jornalistas com o seu público.

Penso que o twitter é uma ferramenta essencial para tal “conversa” com os leitores (principalmente pela quantidade qualidade dos alertas) e não apenas isso, o monitoramento dos twitt permite identificar em “tempo real”o que acontece na cidade. Por que os jornais não investem em um livestream das cidades onde fazem cobertura?

Twitter

Twitter

Tenho um questionamento ainda mais simples: os jornais baianos já descobriram o twitter?

Na volta para casa zapeava as rádios locais e todos os programas pediam aos seus leitores que ligassem para as redações e comentassem o que se passava. Muito interessante a experiência colaborativa que fora desenvolvida. Os ouvintes ligaram e comentavam o que dava para observar, uma moça estava mais próxima do protesto, disse que teve porrada, o que estava mais longe afirmava que esta tudo parrado. O mais impressionante é que os radialistas/jornalistas tinham como fonte apenas os seus ouvintes, não havia como deslocar a equipe de reportagem e, geralmente, as fontes oficiais não falam em momentos de crise.

Mas aí volta a minha inquietação: como os media se relacionam com as redes sociais/mídia colaborativa. Se monitorassem o twitter, por exemplo, teriam um belo material para complementarem sua cobertura, neste caso. Ainda é possível fazer jornalismo sem contar com a colaboração do público? Ou ao menos saber o que andam dizendo por aí?

Em paralelo a cobertura mode in colaborativa, os meus twitts sobre o protesto dos moradores do Bairro da Paz agendaram algumas reações no twitter:

Para o Leo Borges o twitt serviu para “facilitar” a sua mobilidade;
Belote lembrou do protesto passado e as três horas em que ele ficou parado;
Tiago Celestino avaliou os protestos
Gerson leu o twitt e se mandou para casa
Caio informou, via celular, para sua amiga os motivos do engarrafamento
Gabriela relatou sua aventura no engarrafamento

Jornais e jornalistas precisam aprender a se “relacionar” com as novas tecnologias de informação e comunicação e com o seu público, pois é deste conjunto que virão pautas, diálogos e quem sabe a própria manutenção da atividade jornalística.

Em tempo, o Pelosi me lembrou que a AGECOM já utiliza o twitter na divulgação de conteúdo.

*twitter – leia-se microblogs

Ciber.Comunica 3.0, parte II

Consumo de informação e configuração da agenda entre usuários Menéame foi o tema da conferência via skype da Jan Alyne, direto da Espanha, no segundo dia do Ciber.Comunica 3.0, realizado nas Faculdades Jorge Amado. Alyne apresentou o trabalho que está a desenvolver sobre a noticiabilidade, comparando a agenda midiática espanhola com a agenda do Menéame, sistema de produção de notícias que conta com a participação dos usuários na escolha das notícias que irão para o “ar” na home do site. Algo parecido com o Overmundo.

A palestra (na íntegra) da Jan Alyne (veja também os slides) dialogou com minha pesquisa sobre a noticiabilidade no jornalismo colaborativo, onde busco analisar os critérios adotados pelos cidadãos-repórteres na definição do que é/será notícia. Ela retomou o clássico debate sobre a agenda-setting (a influência da mídia em formar a esfera de visibilidade pública, sendo o jornalismo o principal agente construtor de tal esfera), a ampliação do campo jornalístico após a liberação do pólo emissor e a mudança no fluxo comunicacional (todos-todos) para entender como este processo reconfigura a própria esfera de visibilidade pública.

Segundo dados da sua pesquisa, notícias que possuem o interesse coletivo e que contenham um grande número de pessoas envolvidas no fato, ainda norteiam a hierarquização da notícia no Menéame, além das tradicionais informações “inusitadas”, onde ocorre a inversão de papéis (o homem mordeu o cachorro, por exemplo). As considerações da Alyne me fizeram lembrar da concepção de Marx: “As idéias dominantes de uma época foram sempre as idéias da classe dominante”, com isso, o meu mestre destaca que as idéias daqueles que não dispõem dos meios de produção intelectual são subordinadas à classe dominante.

Aplicando esse conceito a notícia, com a liberação do pólo emissor, todos (desde que conectados) possuem acesso aos meios de produção intelectual (dessa forma poderiam subverter o modus operandi da noticiabilidade) mas os critérios para definir o que é notícia e/ou a agenda pública ainda permanecem os mesmos. Responder o(s) motivo (s) para tal reprodução é um dos objetivos da minha pesquisa acadêmica.

Fui beber uma água e conversar com algumas pessoas e na volta já havia começado a segunda palestra sobre “Notícia WAP – quando a informação é móvel”, interessante que o trabalho apresentado por Florisvaldo Pasquinha de Matos Filho, Antônio Henrique Soares Gonçalves e Thiego de Souza Santos fora resultado do TCC dos cabras na graduação, que bolaram um sistema de notícia baseado em alertas via SMS e protocolo WAP para veicular notícias em um site que em breve estará funcionando. Nada muito novo, mas é bom perceber que a academia ainda pode dialogar com a sociedade sobre temas atuais. A palestra fora repleta de clichês (trouxeram o WAP e SMS como novidades, assim como o jornalismo mobile) e achei o trio entusiasmado demais com o WAP, formato que deve desaparecer com o 3G e rede wifi, penso eu.

Por fim, o I Festival Micromínima provocou boas (boas mesmo) gargalhadas e reflexão acerca das temáticas abordadas nos vídeos elaborados com celular pelos alunos de comunicação das Faculdades Jorge Amado.

Amanhã tem mais e estarei por lá (a palestra Bluetooth News com Macello Medeiros programada para o dia 14 passou para o dia 15, à noite)

15/05 – QUINTA-FEIRA – MANHÃ – Auditório Zélia Gattai (Prédio I)

 

 

 

8h30

Produzindo Ringtones e outros clicks e bleeps

Cláudio Manoel Duarte

Oficina de produção sonora

10H

VÍDEOS: Cidades Virtuais, Prometeus – Revolução da mídia, Creative Commons – Seja Criativo

Direto do Youtube

 

10H30

Redes wi-fi: história, funcionamento e aplicabilidades

Grinaldo Lopes de Oliveira

 

10h30 (sala extra)

Mobilidade e as narrativas nos jogos digitais

Sergio Rivero

 

 

11H30

I Festival Micromínima

I Festival Micromínima

Exibição de microfilmes-celular de 1 minuto, dos alunos de Novas Mídias

15/05 – QUINTA-FEIRA – NOITE – Auditório Zélia Gattai (Prédio I)

 

 

 

19H

VÍDEOS: Cidades Virtuais, Prometeus – Revolução da mídia, Creative Commons – Seja Criativo

Direto do Youtube

 

19h30

Jornalismo e mobilidade

Fernando Firmino da Silva

 

21H

I Festival Micromínima

I Festival Micromínima

Exibição de microfilmes-celular de 1 minuto, dos alunos de Novas Mídias

22H

Encerramento

 

 

 

Atalhos para entender a cibercultura e afins

Livros, livros e mais livros.  Entender cibercultura, jornalismo open source, blogs e afins não é fácil, mas muito interessante. Porém, em determinados momentos é preciso “desconectar” para entender a própria conexão. Mas, mesmo desconectado ou conectado em outros mundos surgem lições sobre cibercultura, blogs, rede sociais e produção colaborativa.

Por exemplo, se a esfera da visibilidade pública ainda é dominada pelos mass media. No universo pornô, revista tradicionais como Playboy, Sexy (qual mais?) não são os centros das atenções. Em sites, construídos via produção colaborativa (fotos de casais, flagras voyeurs, exibicionistas e derivados) ocupam o “centro” do debate. Há nesses sites uma produção inédita, existe a co-autoria, um compartilhamento de experiências e a formação de uma comunidade. Em uma enquete rápida cheguei (para isso servem os amigos) ao Playblog, um blog de sucesso e colaborativo.

Exemplo dois. Quer saber como o orkut, MSN, e-mail e toda parafernália tecnológica mudou a vida das pessoas? Assista ao vídeo abaixo, da banda Black Style (pagode)  aqui de Salvador. Segundo o camelô, umas das melhores da Bahia. Para mim são todas iguais e uma merda. Mas, o que interesse mesmo é a letra (?), na verdade a história que inspirou a canção. O cabra conhece uma moça no orkut, ela diz que é linda, perfeita e maravilhosa. Eles marcam um encontro e quando ele vê a mulher descobre a sua verdadeira aparência: horrível. Rende um bom debate sobre identidade/redes sociais/relação mediada por computador/à luz da psicologia, um debate sobre o “eu”/.

Tem também uma outra música, no mesmo nível de qualidade, mas os carinhas (banda Lost Inside)  emocore brigam com as namoradas-web e o orkut, MSN e e-mail tem mais valor do que o celular, por exemplo como mediador do relacionamento entre eles.

Veja a letra

Tudo Isso Por VocêEsperei uma semana inteira
Só pra falar com você
No Msn você entrou
Mas nem “oi” veio me dizer

Sei que a gente mal se conhece
Mas como te conhecer?
Se a gente mal se fala
E eu tento te esquecer

Scraps no orkut, recados no flog.
E-mails já te mandei
Você não responde, e eu me pergunto
Será que me apaixonei?

Eu mal te conheço
Mas nunca esqueço
Do dia em que te vi

Sei que um dia irá saber
Tudo isso é por você

Você não sabe
O que eu penso
No dia em que eu te ver
Queria falar tudo o que eu sinto
Mas não vou poder

Não sei mais o que eu faço
Pra te esquecer
Só queria um abraço
Pois fecho os olhos
E vejo você