Jornal abandona site para atuar apenas no Facebook

O jornal hiperlocal Rockville Central, sediado nos Estados Unidos, abandonou a sua homepage (servirá apenas como arquivo das reportagens) para publicar suas notícias apenas no Facebook. As matérias são publicadas na aplicação “Notas” do FB.

O Rockville Central cobre uma pequena região dos EUA, com pouco mais de 60 mil habitantes. No comunicado oficial, onde o jornal explica a decisão de migrar integralmente para o Facebook, destacam:

“Se o Facebook é o lugar onde a maioria das pessoas dedicam seu tempo, por que ter uma Web separada das pessoas? Por que não irmos para onde as pessoas estão?”

Segundo o Rockville Central, via Facebook, o jornal recebeu a maior parte dos comentários e da participação, assim como boa parte dos seus visitantes – o Facebook fica em segundo lugar, atrás apenas do Google.

Apesar do entusiasmo, uma rápida observação da migração do Rockville para o Facebook, indica alguns problemas: a aplicação “Notas” não é adequada para a publicação de conteúdo devido a sua estrutura, é impossível criar tags para os posts ou um campo de busca específico, o Rockville Central também não tem gestão plena da publicidade e, por fim, está submetida as normas e regras do Facebook – que já deletou perfis por falarem de Osama Bin Laden, por exemplo.

Mapas de wi-fi no Brasil, Estados Unidos e Europa

Já comentei aqui sobre o trabalho colaborativo, iniciado pelo Grupo de Pesquisa em Cibercidade, da Faculdade de Comunicação da Ufba, em mapear os pontos de acesso sem fio à internet em Salvador.

Existe dois projetos, também colaborativos, que divulgam os locais onde existem acesso gratuito e/ou pago a internet via wi-fi. O primeiro é o portal Wi-Fi livre (nacional) e o Wi-fi Free Spot que mapeia os hotspots Estados Unidos e Europa.

Em São Paulo existe o hotspots da Avenida Paulista, criado pelo Michell Zappa.

Personalização e colaboração nas eleições norte-americana

O Google apresenta ferramentas interessantes para acompanhar as disputas eleitorais nos Estados Unidos:

O 2008 US election trends e o Candidate Search Queries map, que  permite pesquisar informações sobre os candidatos em cada localidade visualizando-os em mapa os comentários, descobrir quais os candidatos mais pesquisadas em cada cidade, além das últimas notícias sobre eles.

O que mais me chamou a atenção fora a justificativa do Google: os cidadãos querem escolher a forma de acessar notícias, a forma de navegar, em uma palavra personalização, com isso os meios massivas perdem cada vez mais a atenção da recepção, tanto pelo fluxo (um-todos) como ausência de interação com o público e falta de espaço para a colaboração.

Voices Without Votes

Qual a sua opinião sobre a eleição nos Estados Unidos?

A pergunta é o ponta pé inicial para o diálogo global proposto pelo Global Voices, em parceria com a Reuters sobre o processo eleitoral norte-americano. O projeto se chama Vozes sem Votos (Voices Without Votes) e amplificará os debates sobre a temática ocorridos na blogosfera, bem como irá traduzir as posts oriundos do Oriente Médio, Ásia, África, América do Sul e Europa Oriental.

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Solana Larsen, em post explica  outros objetivos do projeto:

“Global Voices challenges people to listen to people beyond their own borders. We also encourage international media to talk to and report on the concerns of ordinary citizens around the world”

O Vozes sem Votos é colaborativo. Participe! 

Hiperlocalidade é potencializada no Google Maps

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Comentei em post recente sobre o sistema de alerta do Google Maps, que apresenta as últimas edições/criações realizadas pelos usuários no mapa da Google. A mesma tecnologia fora utilizada hoje, durante a Super Terça (prévias das eleições norte-americanas).

A novidade: cada publicação no Twitter pipocava no Google Maps. Dessa forma, foi possível acompanhar as reações da sociedade em cada ponto dos E.U.A sobre a Super Terça, potencializando a produção hiperlocal.

<<Confira>>

 

Via Official Google Blog

 

Jornalismo open source na eleição norte-americana

A eleição norte-americana é um bom laboratório para analisar o uso das ferramentas digitais e novas tecnologias na produção de conteúdo. A novidade é o “Street Team”, projeto colaborativo composto por 51 jovens que realizarão a cobertura do processo eleitoral em suas localidades, com o uso de dispositivos móveis.
A iniciativa é da MTV ianque, dentro do seu Choose or Lose e conta com o financiamento do premios Knights News Challenge da Knight Foundation. As reportagens serão publicadas nos sitios da MTV Mobile, Think.MTV.com e nos mais de 1.800 sites The Associated Press’ Online Video Network.

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Ana Brambilla acredita que o projeto servirá também como incentivo para que o jovem compareça às urnas, uma que vez que o voto não é obrigatório nos Estados Unidos. Espero que sim. Mas será que os critérios de noticiabilidade e a narrativas serão diferentes?
Bom momento para analisar e responder alguns questionamentos da minha monografia.