Publicidade 2.0

Sou daqueles que acreditam que a publicidade serve apenas para esconder a mais-valia e péssima qualidade dos produtos em embalagens atraentes e vistosas, quando não frases, conceitos e slogan distantes da real propriedades dos produtos anunciados.

Porém, a campanha da L’Oréal – O que está acontecendo com a Grazi? – é realmente interessante. Em outro post discuti o fator “atenção” na internet. Gastamos muito tempo na internet, logo, desenvolver campanhas que atraiam a atenção do público e “gerem” um “gastar tempo” interessante para audiência é a melhor alternativa para promover uma marca/produto.

A campanha da L’Oréal é exemplo deste “gastar tempo”, com pinceladas de interação com o consumidor/interagente. Gostei como a agência contratada, Publicidade Interativa trabalhou o cross media para promover o produto. Vale a pena dar uma olhada.

Aproveitando o título deste post, outra iniciativa 2.0 é o Zooppa, espaço para a publicidade realizada através de conteúdos realizados pelos consumidores registrados no nosso site como usuários. O método é simples:

1 Eu te dou uma marca
2 Você faz um anúncio
3 Você vota no melhor
4 Eu te pago

Segundo a Zooppa, este modelo de publicidade colaborativa “significa estimular o talento criativo de todos aqueles que normalmente não têm voz no mundo tradicional da publicidade”.

Além da TV

Jovens da América Latina preferem a internet à televisão. A conclusão é do estudo da Telefónica realizado com 22.000 estudantes de mais de 200 centros educativos de Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru e Venezuela, e que foi realizado entre julho e outubro de 2007.

Cerca de 42% dos jovens de 11 anos indagados prefere a internet à televisão e a percentagem sobe para 60% no segmento de adolescentes entre 14 e 15 anos.

Cabe destacar que o “problema” que revela a queda de popularidade da tv diz respeito tanto ao suporte (a tv com seus horários determinados) como a programação da tv brasileira (um-todos), visto que boa parte da audiência ainda consome os produtos do mainstream midiático na web.

Nova ferramenta para mapear a blogosfera

(ótima) Dica do Alex Primo, via twitter, indica as funcionalidades do BlogPulse destinado a mapear a blogosfera. Fiquei horas analisando a ferramenta Conversation Tracker dentro do BlogPulse e ver quem linkou o mesmo post que você, a influência de post sobre a blogosfera, além de quem te linkou, citações e afins.

O gráfico acima representa o desempenho da tag “jornalismo open source” nos últimos seis meses.

 

O que os blogueiros acessam na web?

Pesquisa da comScore revela que blogueiros dos Estados Unidos acessam duas vezes mais conteúdo digital jornalístico (destaque para as notícias sobre política) e/ou entretenimento do que a média dos internautas norte-americano. O resultado é bem lógico, mas a novidade do estudo fora apresentar o que tais blogueiros lêem:

O site mais consumido – excluindo os blogs – é o Digg.com . Em seguida, estão o site de celebridades Perezhilton.com – 3,2 vezes mais usado pelos leitores frequentes de blogs – e CTVGlobeMedia, com 3,1 vezes mais acessos pelos usuários ativos de blogs.

Isso me fez pensar no conceito “circulação circular da informação” de Pierre Bourdieu, que em síntese, revela que para os jornalistas a leitura dos jornais é uma atividade indispensável e o clipping um instrumento de trabalho: para saber o que se vai dizer é preciso saber o que os outros disseram. Esse é um dos mecanismos pelos quais se gera a homogeneidade dos produtos propostos.

Acrescento a tese de Bourdieu, que o acompanhamento das “tags do momento”, tendo em vista atrair “para-quedistas” é uma preocupação diária de alguns blogueiros, principalmente aqueles que ganham $$$ com seus blogs. Por isso que o Digg figura no topo. Enquanto os jornalistas se preocupam em não perder notícias (por isso a clipagem e a leitura de outros jornais) os blogueiros não querem perder visitantes, por isso monitorar os hypes é essencial. O problema dessa circulação circular da informação, segundo Bourdieu produz uma “espécie de jogos de espelhos refletindo-se mutuamente produz um formidável efeito de barreira de fechamento mental”.

O campo jornalístico fora alargado com a internet, não restam dúvidas. Porém, as rupturas foram poucas, ou seja a liberação do pólo emissor potencializou novas vozes, mas já os discursos…

Internet: principal fonte de informação

É o que conclui o estudo “Navegantes en la Red”, da Asociación para la Investigación de Medios de Comunicación (AIMC), realizado na Espanha.

49,3% dos entrevistados afirmaram que a internet é sua principal fonte de notícia, enquanto 43,7% disseram que é um canal secundário, porém importante.

O estudo sinaliza que a audiência dos outros meios migraram para web. 67,6% dos internautas disseram ter reduzido o tempo em frente a TV para navegar na internet, 18,7% reduziram o tempo dedicado ao rádio e 24% lêem menos livros, após a internet.
Uma pergunta curiosa do estudo questionou que meio os usuários mais sentiriam falta caso “ desaparecesse”. O resultado:

43,8% sentiram falta da internet, 31,3% da TV e 14,4% do rádio. Curioso o péssimo resultado dos jornais e revista: 8% e1,7%, respectivamente.

Outros dados interessantes:

A atividade mais usada na rede são os buscadores, com 96,7%. Em seguida, a leitura de notícias que registra 86,7%%.

35,2% dos entrevistados possuem blogs, mas apenas 9% atualizam frequentemente.
79,7% declararam ter comprado algo na internet e para 73% internet influenciou sua decisãpo de compra. Entretanto, um alerta para os blogueiros: 58% estão preocupados com o excesso de publicidade na web.

<< Acesse a pesquisa na íntegra>>

Via El País

Austrália lidera conteúdo colaborativo na rede

Pesquisa de opinião sobre os hábitos dos consumidores de mídia e entretenimento revela:

a) o tempo gasto em internet (19%) é maior que o tempo em frente à televisão ( 9%), com uma média diária de 6 horas.

b) quando se trata de entretenimento via celular ou pela internet as fontes acessadas são as já consolidadas.

c) 83% dos consumidores pesquisados no mundo afirmou ter assistido ou querer assistir a vídeos no computador e uma média de 43% disse ter assistido ou querer assistir a vídeos no celular.

d) 23% dos entrevistados informou que está usando um serviço de música portátil.

e) 7% afirmaram que têm uma assinatura de conteúdo de vídeos nos celulares e 11% declararam que dispõem de uma assinatura de conteúdo baseado em computador pessoal.

A pesquisa fora realizada pela IBM nos Estados Unidos, no Reino Unido, na Alemanha, Austrália e no Japão, entre abril e junho de 2007.

Outro dado apresentado pelo estudo diz respeito à participação dos usuários na produção de conteúdo na web, sendo a Austrália líder no ranking da colaboração: 36% das pessoas contribuem para sites de relacionamento social, e 9% para sites com conteúdo de vídeo.

Scopical é um noticiário australiano colaborativo
 

a) 9% dos entrevistados na Alemanha e 7% dos que moram nos EUA afirmam que contribuíram para um site de conteúdo gerado pelo usuário.

b) o número é maior quando o “meio” são software socias, atingindo 26% dos entrevistados norte-americanos, por exemplo.

Via Portal da Imprensa