Mundo S/A entrevista Bob Greenberg

Bob Greenberg, presidente da R/GA, uma das mais importantes “agências” de marketing digital concedeu uma entrevista ao programa Mundo S/A, da Globo News. Greenberg deixa claro que boas ações de marketing são aqueles onde os consumidores podem se relacionar com as marcas e as organizações passam a fazer parte do cotidiano das pessoas.

Clique na imagem abaixo para assistir o vídeo, já que a Globo.com não permite mais o embed dos seus conteúdos multimídia.

 

Axe utiliza Microsoft Tag para ampliar interação com consumidores

Lançado pela Microsoft em 2010, Tag – apontada por alguns com uma evolução dos QR Codes, será utilizada pela Axe em campanha para relançamento da linha de antitranspirantes AXE Seco.  O código será publicado nas revistas Billboard, Playboy e VIP e ao ser scaneado, por meio da tecnologia Tag, direcionará o leitor para a fan page da marca.


Um dos diferencia do Tag para o QR Code é que o conteúdo pode ser atualizado sem precisar mudar o código/imagem gerada inicialmente. Para utilizar o Microsoft Tag é necessário instalar um leitor que utilizará a câmera dos aparelhos celulares para scanear as imagens.

Confira como funciona o Microsoft Tag

“O grande desafio do marketing é como fazer com que as organizações estejam presentes no dia a dia do seu público”, diz Marcel Ayres

Desafios do marketing em redes sociais, geolocalização e as oportunidades para as marcas/empresas e como extrair informações relevantes das mídias sociais são alguns dos pontos abordados pelo Marcel Ayres, na entrevista realizada por e-mail, que integra a série “3 perguntas para”.

Por ter uma experiência prática e dedicar-se a pesquisa acadêmica, Marcel, que é sócio da agência PaperCliQ – Comunicação e Estratégia Digital, pesquisador no Grupo de Pesquisa em Interações, Tecnologias Digitais e Sociedade (Gits – UFBA) e co-criador dos Ebooks “Mídias Sociais: Perspectivas, Tendências e Reflexões” e “Mídias Sociais e Eleições 2010”, sinaliza aspectos importantes da comunicação em rede.

Confira a entrevista:

Yuri Almeida – O boca a boca é uma ferramenta mais eficiente do que uma típica propaganda veiculada em uma mídia. Dito isso, as estratégias de marketing não deveriam estar mais preocupadas ou focadas em promover um diálogo com os consumidores e/ou público-alvo e colocar a marca/empresa na conversa diária do que, simplesmente, anunciar seus serviços?

Marcel Ayeres – Sim! E isso será cada vez mais demandado pelos consumidores, principalmente no contexto em que estamos vivendo – marcado por ambientes de sociabilidade online, nos quais as pessoas estão interagindo, trocando experiências e estabelecendo relacionamentos. As organizações devem entender melhor o seu público também sob o aspecto humano, marcado por desejos, anseios, especificidades etc. Acredito que o grande desafio do marketing é como fazer com que as organizações estejam presentes no dia a dia de seu público de maneira significativa, oferecendo experiências que extrapolem o intuito de vendas e explore, além de uma utilidade prática, uma dimensão simbólica na vida dessas pessoas.

YA – Como a Netnografia e o Coolhunting podem auxiliar as empresas/marcas no planejamento de uma campanha ou atuação nas redes sociais?

MA – Tanto a Netnografia quanto o Coolhunting se baseiam em métodos de pesquisa para a observação e análise de comportamentos. Na Netnografia (termo que surge da contração entre Internet e Etnografia), o pesquisador entra em uma determinada comunidade ou grupo e passa a experienciar o dia a dia do seus atores, observando e avaliando seus comportamentos e características peculiares. Já o Coolhunting, é uma prática que surgiu da moda, mas que hoje é aplicado na observação e predição de possíveis tendências comportamentais em diferentes temas e/ou grupos sociais.

Desse modo, hoje com a gama de informações públicas presentes na web (principalmente nas mídias sociais), através de métodos de pesquisa e análise qualitativas como a Netnografia e o Coolhunting, é possível compreender melhor o público desejado, saber do que ele fala, do que gosta ou não gosta, como se comporta em ambientes online etc. Com base nessas informações, as empresas podem traçar estratégias mais precisas e segmentadas, sem “achismos”, mas, sim, baseando-se em informações concretas produzidas pela peça-chave de seu negócio: o consumidor.

YA – As ferramentas de geolocalização e a cultura de compartilhamento de informações, baseadas, sobretudo na mobilidade, é uma tendência. Quais as possibilidades e os desafios que estes processos trazem para empresas e marcas?

MA – Uma grande oportunidade para as organizações é a observação e análise do comportamento dos usuários em um determinado espaço e tempo. Ou seja, através de ferramentas como o Foursquare, Facebook Places, Gowalla, entre outras, é possível saber não só onde esse usuário está e o que ele gosta de fazer em sua cidade, mas, também, entender mais como foi a sua experiência nos locais visitados. Com essas informações em mãos, pode-se traçar, por exemplo, os principais pontos fortes e fracos de um determinado PDV, evento etc. Além da experiência localizada, outra grande oportunidade para empresas/marcas através da geolocalização é a possibilidade fomentar ações mobilizadoras, que extrapolam os ambientes online, integrando os esforços de comunicação.

Preparem-se! O Twitter vai publicar anúncios em sua timeline

Preparem-se pois o Twitter irá colocar anúncios publicitários em sua timeline. A medida será paradoxal: se por um lado irá atrair mais empresas e, consequentemente, aumentar o lucro do Twitter, por outro invadirá a privacidade dos usuários e, de certa forma, mudará o objetivo da ferramenta, uma vez na timeline irá aparecer não apenas o conteúdo previamente selecionado, mas também, propaganda.

Atualmente, o Twitter tem como estratégia oferecer tópicos patrocinados no Tends e a promoção de perfis, ambos figuravam na barra lateral da versão Web, sem invadir o espaço do conteúdo. A outra estratégia que também não afeta o uso da ferramenta são os anúncios que aparecem nas buscas.

Curiosamente, o aplicativo HootSuite já posta anúncios na timeline, que na maioria das vezes não tem relação com o perfil dos usuários. Não conheço ninguém que tenha clicado em uma propaganda dessas ou que a medida resultou em grandes resultados.

O Echofon e o Snaptu, em plataformas mobile, também exibem banners publicitários, menos mal, tendo em vista que não invadem a timeline alheia. O próprio Twitter, após pressão dos usuários, teve que retirar os anúncios de seu app para iPhone.

Dito isso, as medidas que o Twitter anunciou como estratégia para aumentar a receita da empresa já são experiências realizadas e, a maioria, sem sucesso.

A inspiração é essencial no processo criativo

Esta foi a conclusão dos debates realizados hoje no 13o Encontro de Web Design (EWD), que ocorreu em Salvador (Hotel Fiesta). A palestras versaram sobre a relação das novas tecnologias com a criatividade.

Ronaldo Gazel fez jus ao título de sua apresentação (Flashback!) e percorreu o passado destacando os pontos mais importantes de cada época do campo da arte/estética, principalmente as rupturas de cada período: como a fotografia que ampliou a representação da realidade, a imprensa de Gutemberg que potencializou o compartilhamento e divulgação do conhecimento ou, atualmente, a Wikipedia que promove a produção de conhecimentos coletiva no lugar de “centros”de produção dominantes.

Gazel mostrou como as configurações sócio-políticas-culturais foram (e são) fundamentais na roupagem que a arte adquire em cada momento histórico. Para ele, os processos criativos trazem em seu “DNA” traços do passado, por isso entendê-lo é fundamental para compreender o presente. A palavra-chave na sociedade em rede é a colaboração, portanto, entender tal processo é essencial para a criação/produção.

Na sequência, Ricardo Accioly apresentou o Joomla!, CMS open source que mais crescem no mundo e com um bom potencial para desenvolvedores. Dicas, funcionalidades de um mini FAQ`s foram apresentados em vídeo.

A palestra do Leonardo Villanova (Marketing Digital2.0) destacou a importância de criar campanhas de propaganda integradas, tanto on-line e off-line como aproveitar a colaboração do público e explorar as redes sociais para a promoção dos produtos/peças/campanhas.

Segundo Villanova, a propaganda nas sociedades contemporâneas busca agora a atenção da recepção e não só a audiência (quantitativa). Este seria o atual desafio para os profissionais da comunicação, isso porque há uma mudança no perfil do público (exige maior interação), assim como o seu relacionamento com os produtos.

“Não vale mais contabilizar milhões de receptores. Precisamos analisar o tempo destinado à determinada atividade”, apontou.

Ainda sobre atuais desafios comunicacionais na internet, Chico Baldini abordou em sua palestra que apesar da globalização de mercados/cultura é preciso atentar para segmentação do mercado para produzir comunicação interativa, um vez que os nichos são cada vez mais específicos. A base para palestra do Baldini foi a Cauda Longa do Chris Anderson.

Por fim, Raphael Vasconcellos apresentou alguns cases de sucesso e trouxe a sua experiência profissional, o que foi bastante proveitoso. Pensei que apenas os jornalistas/jornais preocupavam-se em “criar tempo”, ou seja aumentar o tempo da navegação em suas páginas, seja com novas narrativas, maior interação, personalização do conteúdo, multimidialidade, entre outros, mas “criar tempo”, como destacou Vasconcellos deve ser a preocupação da criação na internet.

Vasconcellos comentou que gastamos muito tempo na internet, logo, desenvolver campanhas que atraiam a atenção do público e “gerem” um “gastar tempo” interessante para audiência é a melhor alternativa para promover uma marca/produto.

Sem dúvida, tod@s saíram com uma lição: Experimentar sempre. Autencidade é essencial. Não é fácil de se entender o consumidor, ele não é óbvio, não há muita certeza em advinhar o seu perfil. Prova disso é o (tosco) vídeo abaixo (um dentre os vários apresentados pelo Raphael) que virou hit na web.

Ciber.Comunica 3.0, parte I

Após uma longa espera, o Ciber.Comunica 3.0 iniciou suas atividades com a videoconferência do professor André Lemos, direto do Canadá onde está a realizar seu pós-doc. Lemos abordou a temática das Mídias Locativas e Comunicação. No final a conexão caiu e Lemos não pode finalizar sua apresentação.

Sugiro a visita ao Carnet de Notes, site do André Lemos e a escuta do podcast (na íntegra) da palestra proferida no Ciber.Comunica 3.0.

A tese básica defendida por Lemos foi destacar como as novas tecnologias de informações e comunicação (TIC’) propiciaram novas formas de mobilidade e a reapropriação dos espaços urbano. Na concepção dele, a internet/ciberespaço não gera processos de desterritorialização, a anulação dos lugares ou desenraiza o vínculo social. Para Lemos as (TIC’s) criaram novos sentidos e/ou apropriações do território, existe uma nova forma de se relacionar com o território, de transitar pelo espaço (segundo Lemos espaço é movimento), bem como a criação de lugar (lugar é pausa, repouso, fixação na definição do professor). Exemplo deste processo é a geolocalização (uso de GPS, mapas para indexar informações sobre o território), smarths mobs (aqui um exemplo), anotações urbanas (vagar pela cidade via GPS), street  games (intercâmbio de tecnologias e jogos na rua).

Sobre a mobilidade, Lemos classificou-a em três tipos:

– mobilidade física – ex: andar de ônibus, turismo, existe o deslocamento corporal sobre o território.

– mobilidade imaginária – capacidade de criar links via deslocamento imagináro. Ex: sonhos, pensamentos.

– mobilidade informacional virtual – transitar pelo espaço urbano via fluxos informacionais. A informação associada à mobilidade.

O conceito de mídias massivas e pós-massivas fora trabalhado por Lemos para explicar os fluxos informacionais presentes na sociedade contemporânea.

Algumas características da:

1-      – Mídia Massiva – fluxo centralizado (um-todos), controle editorial, financiamento pela publicidade, quanto maior a audiência maior a captação de anúncios e renda para o media, a mídia atua sobre um território específico, possui um caráter meramente informativo e há o “controle” do Estado.

2-      – Pós Massiva – liberação do pólo emissor, multifluxos comunicacionais (todos-todos), não concorrência (um blog não disputa leitores com outros ou o consumo se dá por nichos de mercado), produto personalizado, gera zonas conversacionais, bidirecional. Cabe destacar que a mídia pós-massiva vincula-se à um determinado lugar (vide jornalismo hiperlocal, comunitário) porém com apelo global.

Adelino Mont’Alverne abordou o tema: “comunicação, tecnologia móvel e publicidade” e trouxe pontos importantes sobre os desafios para o marketing/propaganda na adaptação no ambiente móvel e de fluxo bidirecional ou pluridirecional.

Dentre os obstáculos destacou:

– proliferação de meios (blogs, fotolog e afins);

– dispersão do público;

– saturação dos formatos da propaganda (banner, spots de rádio e afins)

– novo conceito do horário nobre (cada vez mais personalizado)

– problemas com a hipercomunicação

Gravei trechos da palestra. Assim que o upload for concluído acrescento no post.

BusTv: uma péssima tv no buzú

Na volta para casa ontem conheci o tão falado (off e online) BusTV. É apenas uma televisão em um ônibus transmitindo propagandas, vídeos engraçados e clipes músicais (ontem tocou Arnaldo Batista com a histórica Princesa, para ter noção da atualidade do BusTV).

Achei que a “estrutura” montada não permite que todos os usuários assistam a tv. Como o celular havia descarregado não deu para tirar fotos. Mas quem estar nas primeiras filas do mesmo lado do cobrador por exemplo, não tem como ver o aparelho, quem está no fundo então… Sem falar na sonoridade, as caixinhas de som foi colocada no meio de ônibus e tem pouca potência, logo nem todo mundo consegue ouvir o que está a passar.

Pior do que as falhas do “layout” e a própria concepção do que é uma Tv no ônibus é a descrição institucional encontrada no site do BussTV. Coloquei em verde alguns comentários após meu contato com a televisão do buzú.

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A TV do  Ônibus! (acho melhor a TV NO do que DO)

Trata-se de uma mídia inédita e que consiste na instalação de monitores de LCD no interior dos ônibus de grande circulação transformando seus itinerários em uma forma de entretenimento (tudo bem, dei risada com alguns vídeos clássicos do You Tube) com conteúdos (seria melhor propaganda variadas) dos mais variados temas e informações, além de proporcionar total segurança (segurança? não entendi…) aos passageiros.

Toda a programação da BusTV é voltada ao interesse dos passageiros dos ônibus (fizeram pesquisa? penso que o telespectador, como sempre foi imaginado) com conteúdos interativos (interativos?, essa foi foda, não existe nem o controle remoto, imagine) dos mais variados temas como notícias (durante 40 minutos não vi uma notícia), moda, cultura, esportes, educação, horóscopo, entrevistas (também não vi), gastronomia (não vi), lazer, e para relaxar, o “momento zen´´ (não vi). Queremos deixar sua viagem mais rápida e divertida!

Além disso, a BusTV se envolve no Projeto de Comunicação com todas as forças vivas da Cidade que tenham a necessidade de se comunicar com os Cidadãos com informações de interesse público. A BusTV é uma TV educativa e com Responsabilidade Social! (por favor, andamos de ônibus mais não somos idiotas. Quais forças vivas dialogam com o BusTV? colocar uns vídeozinhos do Arnaldo Batista é interesse público? por fim: educativa e com Responsabilidade Social – ainda com exclamação no final – não passa de um delírio.

A TV no Ônibus (viu que estava certo)

Crédito da foto

Al Qaeda utiliza celular como propaganda

A comunicação é a ideologia do nosso tempo, é através dela que se legitimam discursos, ações e comportamentos (Rodrigues, 1994). A Al Qaeda compreendeu a tese e anunciou que continuará a produzir vídeos com mensagens do grupo e seu ícone, Bin Laden, que serão disponibilizados para download pelo celular.

A justificativa da organização: aumentar seu grau de influência mundial.

A estratégia é eficaz, vide a proliferação dos arquivos com a execução de Saddam Hussein em dezembro de 2006, nos aparelhos celulares no Oriente Médio.
Com Folha de São Paulo.