Pelourinho terá rede wi-fi até dezembro

pelourinho

Dentre as propostas para requalificar o Pelourinho está o Programa Pelourinho Digital, que consiste na construção de um portal, instalação de pontos de internet sem fio e inclusão digital da comunidade local.

A rede wi-fi será distribuida em largos do Pelourinho, com possibilidade de expansão para outros pontos do Centro Histórico. Haverá também um ponto de bluetooth que será utilizado para enviar informações para aparelhos móveis como PDAs, Laptops e celulares.

De acordo com informações da AGECOM, os cursos de informática do programa serão abertos à comunidade, oferecendoformação nas ferramentas básicas de trabalho (editores de texto e planilha, navegação na internet, sites de busca, entre outros) e instrumentos para produção de conteúdos digitais.

Lígia Braslauskas fará palestra em Salvador

O processo de implantação do sistema digital na Folha e a coleta/atualização das informações na versão online e impressa. Parceria com o Uol, entre outros, serão os assuntos abordados pela editora de jornalismo online da Folha de São Paulo, Lígia Braslauskas.

A palestra é promovida pela FTC Salvador (veja no mapa) e será realizada no dia 20 (sábado), das 9h às 13h, no auditório (Astor Pessoa) da instituição, no módulo 4, nível 5 – Av. Paralela. Entrada gratuita.

Tv digital em Salvador, previsão é para dezembro

Como já havia noticiado, a canalização da TV digital em Salvador fora concluída pelo governo federal. De acordo com ministro das Comunicações, Hélio Costa basta que as empresas encaminhem o pedido de autorização para que a Tv digital entre no “ar” na Bahia (a priori Região Metropolitana de Salvador). Vamos esperar que sim.

Segundo o Correio, a TV Bahia (afiliada da Rede Globo) já instalou (sábado, 6) a antena que vai transmitir o sinal da TV digital. O cabo e o transmissor ainda serão instalados.

A previsão é de que em outubro, após a liberação da Anatel e do Ministério das Comunicações, comecem as transmissões em caráter experimental. A transmissão do sinal de televisão digital pode começar em dezembro deste ano.

Dia da Liberdade do Software na Bahia

SFD 2008

Para celebrar a data, a turma do PSL-BA está a organizar debates sobre o Software Freedom Day (Dia da Liberdade do Software) em Salvador. O evento será realizado na Unifacs PA9 (ao lado do Extra Supermercado) – Paralela, no dia 20/09, das 9h às 18h. A entrada é a doação generosa de 2 kg de alimentos não-perecíveis.

Além das palestras serão ofertados mini-cursos para os participantes. Inscrições aqui.

De acordo com a organizadores do Software Freedom Day :

Nessa edição do evento teremos palestrantes conhecidos internacionalmente, que estarão disponíveis para suprir todas as nossas duvidas sobre diversos assuntos. Desde pontos filosóficos sobre a cultura hacker e a sua importância no desenvolvimento do conhecimento cibernético e até mesmo assuntos mais técnicos.

Javier Noci ministrará curso em Salvador

“Narratividade e Pesquisa de Análise de Mensagem no Jornalismo Online” será a temática explorada pelo professor Dr. Javier Diaz Noci (Universidad Del País Vasco – Espanha), de 01 a 05 de setembro de 2008, das 15 às 18h, no Auditório da Faculdade de Comunicação – UFBA.

O curso, que será gratuito tem como objetivo:

a) abrir discussões em torno das tendências do jornalismo contemporâneo, especialmente no que diz respeito às formas de narratividade em uso e emergentes;

b) tomar contato com a visão de um pesquisador de ponta na área;

c) atualizar profissionais quanto às tendências do jornalismo online e seus cenários futuros.

O professor Noci esteve aqui em Salvador no ano passado. Estive por lá e fiz a cobertura da palestra.

Análise do novo Correio da Bahia, agora só Correio

Correio

Excelente. Esta é a melhor palavra para definir o novo Correio em sua versão impressa. O formato Berlinder
facilita a leitura e o manuseio do jornal. O projeto gráfico fora elaborado por Guillermo Nagore, designer do The New York Times. Já o site…putz!…Deixarei para amanhã a análise.

Com um cabeçalho mais compacto e nome das editorias em destaque é fácil “navegar” pelo Correio e encontrar o que se procura. Gostei também da tipologia, deu um “ar” mais moderno ao jornal. O texto curto, preciso, objetivo aliado as fotos e infográficos tornam o conteúdo mais leve, um convite à leitura. Porém, os grafismos utilizados para destacar citações poderiam ser maisclean. Usaram uma aspas do tempo dos linotipos.

De cara, observei uma mudança qualitativa na pauta, fugindo do chapa-branquismo que imperava no Correio. Falar de isenção/equilibrio ainda é cedo, e demanda uma análise mais científica.  Algumas matérias, contém ramificações/evolução da pauta, como “Acordes furtados” da Mariana Rios, onde aborda o furtos de instrumentos musicais. A repórter ouviu bastante gente, trouxe dados, histórias e alternativas encontradas pelos músicos para “driblar” os assaltantes. O melhor é que a matéria fora dividida em alguns blocos autônomos, mas interligados, ou seja você pode ler apenas um bloco e entender a matéria, mas ao ler todo o conteúdo tem uma dimensão maior do problema.

O jornal estampou uma foto da equipe, formada por quase 200 colaboradores. A turma é bastante nova (mais tem é moça bonita!!!), o que revela que o Correio tirou alguns “dinossauros”, o que já explica algumas mudanças na concepção do veículo.

Já falei da mudança na redação, inspirada no The Daily Telegraph, com o SuperDesk.

A palavra-chave é planejar, diz o texto de apresentação do novo Correio, que irá trabalhar “para que o leitor tenha menos trabalho em entender o que é preciso saber”. Da maneira mais didática, direta, clara  e sem rodeios.(…) O jornal trabalha com dois ritmos. Histórias e notícias.

Por fim, citaram a frase: “A melhor notícia não é a que se dá primeiro, mas a que se dá melhor”, do Gabriel García Márquez”. Notícias melhores. É o que esperamos do novo Correio, que custa agora R$1 (segunda a sexta) e R$ 1,50 no domingo.

Correio da Bahia lança nova versão nesta quarta-feira

Nova "cara" do Correio da Bahia

Nova "cara" do Correio da Bahia

Nesta quarta-feira (27) será lançada a nova versão impressa do Correio da Bahia. O formato será o Berliner e irá valorizar imagens e textos curtos. O produto já fora apresentado ao mercado publicitário e diversos outdoors foram espalhadas em Salvador anunciando as boas novas.

Novos profissionais foram contratados e novas editorias foram criadas para dar mais dinamicidade ao conteúdo, como 24 horas, com notícias rápidas; uma segunda com matérias mais completas; a terceira com reportagens sobre comportamento; e a última destinada a cobertura esportiva.

O vídeo abaixo ilustra algumas dessas alterações

Além disso, o Correio da Bahia está a redesenhar a estrutura física buscando para comportar a característica multimídia que o veículo pretende trilhar.

De acordo com a Innovation, empresa de consultoria e design responsável pelas mudanças no jornal baiano, eles foram contratados para reinventar o veículo, mesmo que para isso fosse necessário mudanças drásticas. Ainda de acordo com a Innovation, o novo Correio da Bahia “não irá roubar leitores de outros jornais, mas irá criar novos”.

Redes Sociais na Internet e Conversação Mediada pelo Computador

Raquel Recuero realiza palestra sobre redes sociais em Salvador

Raquel Recuero realiza palestra sobre redes sociais em Salvador

“Redes são sistemas complexos. Precisam ser estudadas a partir de sua estrutura e dinâmica. O estudo das conversações possibilita observar os laços sociais e os valores sociais construídos em uma determinada rede.”

Estas foram algumas das teses defendidas pela Raquel Recuero durante a palestra realizada ontem na UNEB. Intitulada de “Redes Sociais na Internet e Conversação Mediada pelo Computador”, a palestra navegou pelo histórico dos estudos das redes sociais, tipologia das conversações e o ciberespaço como um espaço social.

Em relação aos estudos das redes, Recuero destacou a importância da teoria dos grafos e os grafos sociais para analisar a composição e estrutura das redes, seja os atores ou conexões por estes desenvolvidas. Mas, frisou a importância do estudo da “dinâmica das redes sociais no tempo”, o foco das suas pesquisas.

Para ela, a “web 2.0” potencializou as redes sociais e a conversa no ciberespaço. Tais conversas podem ser sincrônicas (ocorrem no mesmo tempo) ou assincrônicas (ocorrem em vários “momentos temporais”). Ainda sobre o “tempo” e conversação comentei com Recuero algumas aberrações que ocorrem no twitter, como bom dia, boa tarde, tchau, oi gente! e saudações relacionadas. Aberrações porque no twitter, geralmente, as conversas são assincrônicas, logo as mensagens temporais não fazem muito sentido na ferramenta twitter, mas revelam um “vício” dos instant messenger.

Ainda sobre os microblogs, assunto que rendeu no debate, Raquel comentou que o twitter não permite uma conversação prolongada, na maioria das vezes encerra-se após o quarto twitt. O Plurk acredita ela, devido as suas características (karma, interface, organização das mensagens) será mais dialógico (assim como o MSN) do que o twitter, que será mais informativo.

Voltando a tipologia das conversações, existem os aspectos semânticos, onde o sentido é construído entre os interagentes (há negociação da fala, reciprocidade) e estruturais, que são as formas de conexões das interações (organização das formas da fala, persistência e migração).

Por fim, dois argumentos me chamaram mais a atenção na palestra:

– um laço social possuiu relações diferentes em várias plataformas (MSN, twitter, blog), o que denomina-se de multiplicidade;
– em toda rede existem os “conectores”, aqueles sujeitos que desenvolvem um número maior de relações e possuem uma lista de amigos mais volumosa. A função deste “conector” é importante para diminuir os graus de separação entres membros de uma rede, bem como potencializa a fluidez da conversação.

* O Leo Baiano (valeu pela foto) esteve por lá e escreveu um post. A Gabriela também esteve e fez muitas perguntas.

Os jornais baianos já descobriram o twitter?

O relógio marcava 17h45 quando uma amiga do trabalho me avisou sobre a manifestação organizada por moradores do Bairro da Paz. O marido dela, que passava pelo local, informou-lhe sobre o protesto, que depois descobri que fora motivado pela onda de violência que abateu-se sob a localidade.

Não perdi tempo e divulguei a informação via twitter, tendo em vista que a fonte era digna de confiança. Twittei às 17h46 e furei (ou seja, publiquei em primeira mão a notícia) a mídia baiana. Fiz o mapeamento da imprensa de Salvador e do interior do Estado e a primeira referência ao assunto fora realizado pela Rádio Sociedade AM, às 18h14. No A Tarde, o maior jornal da capital baiana, somente às 18h46 subiram a notícia.

O intervalo de tempo entre meu twitt e a publicação da Rádio Sociedade revela as falhas/ausência no aspecto dialógico/relacional dos media com os cidadãos. Escrevi um post onde argumento que o ciberjornalismo demanda uma mediação mais dialógica dos jornalistas com o seu público.

Penso que o twitter é uma ferramenta essencial para tal “conversa” com os leitores (principalmente pela quantidade qualidade dos alertas) e não apenas isso, o monitoramento dos twitt permite identificar em “tempo real”o que acontece na cidade. Por que os jornais não investem em um livestream das cidades onde fazem cobertura?

Twitter

Twitter

Tenho um questionamento ainda mais simples: os jornais baianos já descobriram o twitter?

Na volta para casa zapeava as rádios locais e todos os programas pediam aos seus leitores que ligassem para as redações e comentassem o que se passava. Muito interessante a experiência colaborativa que fora desenvolvida. Os ouvintes ligaram e comentavam o que dava para observar, uma moça estava mais próxima do protesto, disse que teve porrada, o que estava mais longe afirmava que esta tudo parrado. O mais impressionante é que os radialistas/jornalistas tinham como fonte apenas os seus ouvintes, não havia como deslocar a equipe de reportagem e, geralmente, as fontes oficiais não falam em momentos de crise.

Mas aí volta a minha inquietação: como os media se relacionam com as redes sociais/mídia colaborativa. Se monitorassem o twitter, por exemplo, teriam um belo material para complementarem sua cobertura, neste caso. Ainda é possível fazer jornalismo sem contar com a colaboração do público? Ou ao menos saber o que andam dizendo por aí?

Em paralelo a cobertura mode in colaborativa, os meus twitts sobre o protesto dos moradores do Bairro da Paz agendaram algumas reações no twitter:

Para o Leo Borges o twitt serviu para “facilitar” a sua mobilidade;
Belote lembrou do protesto passado e as três horas em que ele ficou parado;
Tiago Celestino avaliou os protestos
Gerson leu o twitt e se mandou para casa
Caio informou, via celular, para sua amiga os motivos do engarrafamento
Gabriela relatou sua aventura no engarrafamento

Jornais e jornalistas precisam aprender a se “relacionar” com as novas tecnologias de informação e comunicação e com o seu público, pois é deste conjunto que virão pautas, diálogos e quem sabe a própria manutenção da atividade jornalística.

Em tempo, o Pelosi me lembrou que a AGECOM já utiliza o twitter na divulgação de conteúdo.

*twitter – leia-se microblogs

O que é o que A Tarde tem?

Tem me assustado o método que o A Tarde apresenta suas novas funcionalidades e produtos. A nova versão digital, prometida para o dia 5 de agosto e reprogramada para o dia 31 deste mês começa a aparecer em doses homeopáticas.

Primeiro fora o lançamento dos vídeos para o integrar o noticiário do jornal baiano. Em nota divulgada o veículo dizia “ampliar a oferta de conteúdo multimídia” com a simples disponibilização de vídeos em seu site. Estranho…

Agora foi a vez do A Tarde potencializar os seus blogs, a divulgação é claro. Teve até chamada na capa do impresso.  O conteúdo veiculado nestes blogs ainda está na fase transpositiva, a etapa primária do ciberjornalismo: as matérias publicadas no impresso vão para o site. Só falta falar que isso é cross-media. O pior é que anunciaram o “velho” como novo.

Estou a pensar…diante de anúncios de modernidade da imprensa baiana serão essas as “novidades” que o A Tarde irá implantar?