O uso das redes sociais na comunicação organizacional

Slides da aula ministrada no curso de pós-graduação “Comunicação Organizacional e Tecnologia”, da FSBA, em Salvador, no dia 8 de julho.

PPGCOM/UFRJ promove mini-cursos em comunicação

Agência Brasil

Jésus Martín-Barbero ministrará aulas

O Programa de Pós-graduação da Escola de Comunicação da UFRJ, o PPGCOM/UFRJ realiza mini-curso voltados para a área de comunicação. O evento começou em agosto e conta com a participação grandes estudiosos da temática.

Randal Johnson (Literatura, Cinema e Televisão”) e Luís A. Albornoz (Webjornalismo) já passaram pelo PPGCOM/UFRJ. As suas aulas podem ser assistidas aqui.

Na próxima semana (8 a 12) será a vez do Jésus Martín-Barbero com o tema: “Cartografias da sensibilidade e da tecnicidade”. Na seqüência, o prof. Micael Herschmann ministrará o mini-curso, que contará ainda com o Seminário Comunicação e História.

Informações podem ser obtidas na secretaria do PPGCOM/UFRJ (tel: 3873-5077 / 3873-5075) ou no site

Para quem não está no Rio, a alternativa é acompanhar na íntegra as aulas no site do evento.

Análise da Conferência de Comunicação Social da Bahia

AGECOM

Com a realização da 1ª Conferência de Comunicação Social, a Bahia desponta no cenário nacional como referência no debate sobre políticas públicas no que tange a comunicação. Na plenária final foram aprovadas mais de 35 resoluções acerca da temática, em âmbito estadual e nacional, após três dias de intensos debates.

No total foram oito plenárias territoriais, que envolveram mais de 2 mil representantes de diversos setores da sociedade baiana. Em cada etapa solidificava-se a concepção de que a comunicação é um direito e democratizar os meios de comunicação é essencial para o fortalecimento da democracia. Não resta dúvidas de que só com a mobilização social as 35 resoluções serão efetivadas. A Conferência foi apenas o primeiro passo, para atingir tais objetivos a caminhada será longa.

Penso que os pontos abaixo foram os mais significativos durante a Conferência:

– ruptura com 16 anos de silêncio no que tange os debates sobre comunicação;
– a importância da criação da Secretaria Estadual de Comunicação e implantação do Conselho Estadual de Comunicação, com caráter deliberativo, para gestão da política de comunicação do Estado da Bahia;
– reformulação, pelo Congresso Nacional, da legislação de radiodifusão comunitária desburocratizando os tramites legais para abertura dessas rádios.
– ampliar as verbas de publicidade para as mídias alternativas da capital e do interior baiano;
– criação de uma rede pública de comunicação, que envolva TV, rádio, internet, impresso e afins;
– os produtos comunicacionais devem atentar para as particularidades territoriais;
– criar Conselhos Territoriais de Comunicação para dialogar com os poderes públicos acerca da comunicação;
– Implantação de rádios e TV`s comunitárias;
– utilizar as novas tecnologias de informação e comunicação na relação ensino-aprendizagem, bem como capacitar professores, facilitadores, agentes comunitários para o uso dessas ferramentas e melhorar a qualidade dos equipamentos das escolas e levá-los aos centros comunitários, sindicatos e afins.
– a educomunicação, artecomunicação são metodologia fundamentais para o ensino na sociedade da informação;
– garantir acesso gratuito a banda larga em todo Estado;
– a transformação dos Centros Digitais de Cidadania em “Centros de Comunicação Pública”, formado por equipe multidisciplinar (artistas, professores, comunicadores…) para compartilhar conhecimento, sendo a gestão compartilhada com a comunidade, visando adequar as atividades dos Centros mais próximas das pessoas e de acordo com a realidade local.
Quem paga a conta é o poder público e/ou iniciativa privada. Além disso, esses Centros de Comunicação Pública devem ter equipamentos multimidiaticos para fomentar a produção da comunidade. A idéia é a criação de um portal colaborativo para veiculação dos produtos realizados nos Centros e que as escolas, associações comunitárias/moradores e afins utilizem também os Centros para educar/profissionalizar.

Por fim, o Movimento Pró-Conferência Nacional de Comunicação realizou reunião histórica aqui em Salvador, onde foram definidas as estratégias para a tirar o evento do papel. Senti falta dos blogueiros (veja como foi fraca a cobertura da blogosfera aqui e aqui), cidadãos-repórteres e pesquisadores de comunicação no debate. A transformação se faz na rua camaradas…

*crédito da foto: Robson Mendes / AGECOM

Dicas de livro

Achei interessante a sinopse do livro Indústria de Notícias: capitalismo e novas tecnologias no jornalismo contemporâneo, da Virginia Fonseca. Na obra é analisado o declínio da notícia de interesse público em favor de matérias de prestação de serviços e de entretenimento, que para “autora aprofunda o caráter de mercadoria das notícias e dos jornais e, conseqüentemente, reduz a função social da atividade jornalística”.

Já a relação entre gênero e comunicação é a temática explorada no livro Comunicação e gênero – A aventura da Pesquisa, da Ana Carolina Escosteguy (PUCRS). A obra está disponível para download gratuito.

Twitter Weather: mapeando o clima com twitter

Mostrei a experiência que mapeia os “sentimentos” via twitter, o que em si revela a apropriação diferenciada da finalidade inicial da ferramenta, bem como o caráter comunicacional  que rompeu com o “What are you doing?”

Marcos Palácios, em post no blog do GJOL comentou sobre Twitter Weather, que utiliza informações do microblog e disponibiliza (em mapa) a condição climática nos Estados Unidos. A idéia foi do Walter Rafelsberger, pesquisador no Departmento de New Media Technology da MODUL University em Viena.

Segundo Rafelsberger:

This is just a simple example to illustrate the hidden power and possible emergence that lies within social media, presence services and livestreams.

Iª Conferência de Comunicação Social da Bahia

A Bahia sai na frente do debate nacional sobre a Comunicação, proposto pelo governo federal e movimentos sociais. O lançamento da Iª Conferência de Comunicação Social da Bahia será dia 4 de junho, às 9h, no auditório do Irdeb, em Salvador. O evento poderá ser acompanhado pelo site da AGECOM.

Ao total serão oito plenárias territorias (calendário abaixo) para debater a realidade e necessidades em comunicação de cada localidade. Inscrições para as plenárias aqui.

Territórios de Identidade (escolha a sede para se inscrever) Sede Data Local
Extremo Sul Eunapólis 7/06/08 Colégio Modelo
Litoral Sul, Baixo Sul e Médio Rio de Contas. Ilhéus/Itabuna 8/06/08 UESC
Vitória da Conquista, Bacia de Paramirim, Sertão Produtivo, Itapetinga Vitória da Conquista 14/06/08 UESB
Oeste Baiano, Bacia do Rio Corrente e Velho Chico Barreiras 05/07/08 UNEB
Irecê, Chapada Diamantina e Piemonte da Diamantina Irecê 12/07/08 UNEB
Sertão do São Francisco, Piemonte de Itapicuru, Itaparica e Semi-Árido Nordeste II Juazeiro 19/07/08 Colégio Modelo
RMS e Recôncavo. Salvador 26/07/08 UNEB
Portal do Sertão, Sisal, Bacia do Jacuipe, Piemonte Paraguaçu, Vale Jequiriça, Agreste de Alagoinhas e Litoral Norte Feira de Santana 27/07/08 UEFS

A Conferência acontecerá nos dias 14, 15 e 16 de agosto, no Hotel Sol Bahia, em Salvador. Maiores informações pelo e-mail conferencia@agecom.ba.gov.br e fone 3115 – 6025

Veja os eixos temáticos

1) Comunicação e Desenvolvimento Territorial

* Identidade, Cultura e Comunicação
* Mobilização e Comunicação Social
* Produção, gestão e difusão local

2) Políticas Públicas de Comunicação

* Controle Social
* Financiamento Público
* Regulamentação do Sistema de Comunicação (Rádios comunitárias)
* Comunicação governamental

3) Comunicação e Educação

* Metodologia / Leituras Críticas
* Escolas e as TIC
* Universidade e Formação do professor

4) Cidadania e Novas TIC

* Inclusão Digital
* Software Livre
* Convergência Digital

Ciber.Comunica 3.0, parte I

Após uma longa espera, o Ciber.Comunica 3.0 iniciou suas atividades com a videoconferência do professor André Lemos, direto do Canadá onde está a realizar seu pós-doc. Lemos abordou a temática das Mídias Locativas e Comunicação. No final a conexão caiu e Lemos não pode finalizar sua apresentação.

Sugiro a visita ao Carnet de Notes, site do André Lemos e a escuta do podcast (na íntegra) da palestra proferida no Ciber.Comunica 3.0.

A tese básica defendida por Lemos foi destacar como as novas tecnologias de informações e comunicação (TIC’) propiciaram novas formas de mobilidade e a reapropriação dos espaços urbano. Na concepção dele, a internet/ciberespaço não gera processos de desterritorialização, a anulação dos lugares ou desenraiza o vínculo social. Para Lemos as (TIC’s) criaram novos sentidos e/ou apropriações do território, existe uma nova forma de se relacionar com o território, de transitar pelo espaço (segundo Lemos espaço é movimento), bem como a criação de lugar (lugar é pausa, repouso, fixação na definição do professor). Exemplo deste processo é a geolocalização (uso de GPS, mapas para indexar informações sobre o território), smarths mobs (aqui um exemplo), anotações urbanas (vagar pela cidade via GPS), street  games (intercâmbio de tecnologias e jogos na rua).

Sobre a mobilidade, Lemos classificou-a em três tipos:

– mobilidade física – ex: andar de ônibus, turismo, existe o deslocamento corporal sobre o território.

– mobilidade imaginária – capacidade de criar links via deslocamento imagináro. Ex: sonhos, pensamentos.

– mobilidade informacional virtual – transitar pelo espaço urbano via fluxos informacionais. A informação associada à mobilidade.

O conceito de mídias massivas e pós-massivas fora trabalhado por Lemos para explicar os fluxos informacionais presentes na sociedade contemporânea.

Algumas características da:

1-      – Mídia Massiva – fluxo centralizado (um-todos), controle editorial, financiamento pela publicidade, quanto maior a audiência maior a captação de anúncios e renda para o media, a mídia atua sobre um território específico, possui um caráter meramente informativo e há o “controle” do Estado.

2-      – Pós Massiva – liberação do pólo emissor, multifluxos comunicacionais (todos-todos), não concorrência (um blog não disputa leitores com outros ou o consumo se dá por nichos de mercado), produto personalizado, gera zonas conversacionais, bidirecional. Cabe destacar que a mídia pós-massiva vincula-se à um determinado lugar (vide jornalismo hiperlocal, comunitário) porém com apelo global.

Adelino Mont’Alverne abordou o tema: “comunicação, tecnologia móvel e publicidade” e trouxe pontos importantes sobre os desafios para o marketing/propaganda na adaptação no ambiente móvel e de fluxo bidirecional ou pluridirecional.

Dentre os obstáculos destacou:

– proliferação de meios (blogs, fotolog e afins);

– dispersão do público;

– saturação dos formatos da propaganda (banner, spots de rádio e afins)

– novo conceito do horário nobre (cada vez mais personalizado)

– problemas com a hipercomunicação

Gravei trechos da palestra. Assim que o upload for concluído acrescento no post.

66 pontos sobre o futuro da comunicação

Descobri via FocoFuturo, um estudo da Associação Mundial de Jornais (WAN) e da consultoria Kairos Future que sinaliza as 66 tendência que influenciam (ou influenciarão) a maneira de pensar o marketing e fazer comunicação.

A lista é longa mas vale a pena dar uma olhada:

1- Infoentretenimento

2- Crescimento da disponibilidade (24 horas/7 dias) – as pessoas não compram o que realmente querem. Compram o que encontram disponível

3- Novas constelações de família

4- Momento de viver o “just in time” americano

5- Infinitas escolhas em produtos e serviços

6- Simplificação da vida – resposta ao estresse cotidiano

7- Compradores profissionais – shoppers com extenso conhecimento de produtos e serviços

8- Individualismo

9- Velhos parceiros – mais e mais pessoas idosas (mais e mais saudáveis)

10 – Pânico climático – maior preocupação com poluição e emissão de CO2

11- Consumidor está no controle – blogs e outras ferramentas

12- Geração de consumidores criativos – criação e distribuição de mensagens comerciais de consumidores

13- Mobile broadband (banda larga móvel)

14- O hype do design – 50% a 70% das decisões de compra ocorrem no ponto-de-venda reforçando o foco no design e embalagens

15- Papel inteligente

16- Boca-a-boca e mouse-a-mouse – marketing viral ganha confiança total dos consumidores

17- “Long tail” – mídia digital oferece novas possibilidades para nichos de audiência

18- Redes sociais – as redes sociais crescem

19- Geração de nativos digitais – o total gasto na internet dobrou no último ano na Suécia (Europa). Pessoas jovens não vêem internet como tecnologia mas como algo simples que está sempre por perto

20- Pesquisa por autenticidade – em um mundo de fakes, a autencidade se torna mais importante

21- Mídia de localização – GPS e outras ferramentas possibilitam conteúdos de localização e inserções publicitárias

22- Consumidor como co-produtor de idéias, conceitos, tendências

23- Relações públicas e marketing – conteúdo editorial tem maior impacto do que peças publicitárias, o que torna relações públicas uma atividade de vendas

24- Jornalismo mais analítico

25- Mais plataformas de mídia

26- Fragmentação da audiência

27- Transações online = receitas online

28- Maior compartilhamento de conteúdo criado pelos consumidores – mais formas de expressão dos consumidores na internet

29- Jornais gratuitos

30 – “Snacks news” – notícias em “pílulas”

31- Novas demandas em vendas – vendas de publicidade se tornam extremamente importantes e difíceis – em um ambiente de extrema pulverização de canais de mídia. Equipes de vendas tornam-se “media brokers”

32- Target altamente segmentado

33- Mídia digital oferece melhor mensuração – é possível prever o impacto das peças publicitárias, clicks e transações

34- Receita dos jornais vem da mídia digital

35- Mobile news – consumidores não lêem mais os jornais. Consomem notícias em trânsito para o escritório, para a casa ou em reuniões do escritório acessando o celular

36- Tempos difíceis para assinaturas de jornais

37- E-paper – displays flexíveis e dobráveis são nova geração de gadgets

38- Jornais se tornam exclusivos – acesso para classes exclusivas

39- Companhias de jornais se tornam apenas mais uma mídia

40- Ataque vindo do below the line – ataques criativos em marketing online, ações globais, numa época de rápida movimentação

41- Globalização da mídia – consumo global e intenso de mídia na internet

42- Estratégias multi-canal – diferenças entre jornais, TVs, rádio, revistas e internet ficam cada vez mais fracas. A estratégia é abranger todas as mídias integradas

43- Colapso na mensuração – novas ferramentas serão necessárias

44- Marketing cada vez mais direto – publicitários querem alcançar consumidores diretamente. Sites de campanhas, clubes de compradores, presença nas redes sociais são meios de avançar além da mídia tradicional

45- Jornalismo cidadão – pessoas jovens querem se envolver e fazer parte da reportagem

46- Mix de midia mais complexo – clusters de novas mídias (YouTube, clips, canais de esporte na TV)

47- Individualismo e queda da audiência de massa

48- Desafios na liberdade de imprensa – jornalistas de países como China e Rússia enfrentam dificuldades com censores e perseguições

49- Melhor qualidade de material impressos – mais cores e considerável aumento da qualidade na mídia impressa

50- Informação instântanea – atualizações de notícias minuto a minuto

51- Maior regularidade de informações com simetria na distribuição das notícias

52- Informação visual – conteúdos visuais são consumidos mais facilmente. Mais e mais telas (displays com vídeos) vão aparecer

53- Jovens pessoas com um novo comportamento de mídia – internet é a plataforma de mídia deles

54- Serviços – webpages pessoais gerenciadas com notícias, serviços e atualizações

55- Era do print digital

56- Interesse em grupos é maior do que interesse na opinião pública geral (target)

57- Novo modelo de receitas na internet

58- Enfraquecimento do controle das marcas e companhias. Crescimento do contato com o consumidor

59- O conteúdo torna-se mais importante do que o canal (a mensagem é o meio)

60- Empresas e companhias tornam-se competidores de jornais no fornecimento de conteúdo

61- Perdendo lealdade – se os consumidores não gostam da mídia ou programa, mudam imediatamente para novos canais

62- Perda de circulação de jornais

63- Avalanche da mídia – super exposição de histórias na mídia

64- Jornais hiper locais

65- Companhias online se tornam fortes competidores de jornais

66- Marketing one-to-one – várias técnicas incluindo inteligência artificial possibilitam ao Google e outros competidores materializar na internet exatos desejos e necessidades dos consumidores.