Após uma longa espera, o Ciber.Comunica 3.0 iniciou suas atividades com a videoconferência do professor André Lemos, direto do Canadá onde está a realizar seu pós-doc. Lemos abordou a temática das Mídias Locativas e Comunicação. No final a conexão caiu e Lemos não pode finalizar sua apresentação.
Sugiro a visita ao Carnet de Notes, site do André Lemos e a escuta do podcast (na íntegra) da palestra proferida no Ciber.Comunica 3.0.
A tese básica defendida por Lemos foi destacar como as novas tecnologias de informações e comunicação (TIC’) propiciaram novas formas de mobilidade e a reapropriação dos espaços urbano. Na concepção dele, a internet/ciberespaço não gera processos de desterritorialização, a anulação dos lugares ou desenraiza o vínculo social. Para Lemos as (TIC’s) criaram novos sentidos e/ou apropriações do território, existe uma nova forma de se relacionar com o território, de transitar pelo espaço (segundo Lemos espaço é movimento), bem como a criação de lugar (lugar é pausa, repouso, fixação na definição do professor). Exemplo deste processo é a geolocalização (uso de GPS, mapas para indexar informações sobre o território), smarths mobs (aqui um exemplo), anotações urbanas (vagar pela cidade via GPS), street games (intercâmbio de tecnologias e jogos na rua).
Sobre a mobilidade, Lemos classificou-a em três tipos:
– mobilidade física – ex: andar de ônibus, turismo, existe o deslocamento corporal sobre o território.
– mobilidade imaginária – capacidade de criar links via deslocamento imagináro. Ex: sonhos, pensamentos.
– mobilidade informacional virtual – transitar pelo espaço urbano via fluxos informacionais. A informação associada à mobilidade.
O conceito de mídias massivas e pós-massivas fora trabalhado por Lemos para explicar os fluxos informacionais presentes na sociedade contemporânea.
Algumas características da:
1- – Mídia Massiva – fluxo centralizado (um-todos), controle editorial, financiamento pela publicidade, quanto maior a audiência maior a captação de anúncios e renda para o media, a mídia atua sobre um território específico, possui um caráter meramente informativo e há o “controle” do Estado.
2- – Pós Massiva – liberação do pólo emissor, multifluxos comunicacionais (todos-todos), não concorrência (um blog não disputa leitores com outros ou o consumo se dá por nichos de mercado), produto personalizado, gera zonas conversacionais, bidirecional. Cabe destacar que a mídia pós-massiva vincula-se à um determinado lugar (vide jornalismo hiperlocal, comunitário) porém com apelo global.
Já Adelino Mont’Alverne abordou o tema: “comunicação, tecnologia móvel e publicidade” e trouxe pontos importantes sobre os desafios para o marketing/propaganda na adaptação no ambiente móvel e de fluxo bidirecional ou pluridirecional.
Dentre os obstáculos destacou:
– proliferação de meios (blogs, fotolog e afins);
– dispersão do público;
– saturação dos formatos da propaganda (banner, spots de rádio e afins)
– novo conceito do horário nobre (cada vez mais personalizado)
– problemas com a hipercomunicação
Gravei trechos da palestra. Assim que o upload for concluído acrescento no post.