Axe utiliza Microsoft Tag para ampliar interação com consumidores

Lançado pela Microsoft em 2010, Tag – apontada por alguns com uma evolução dos QR Codes, será utilizada pela Axe em campanha para relançamento da linha de antitranspirantes AXE Seco.  O código será publicado nas revistas Billboard, Playboy e VIP e ao ser scaneado, por meio da tecnologia Tag, direcionará o leitor para a fan page da marca.


Um dos diferencia do Tag para o QR Code é que o conteúdo pode ser atualizado sem precisar mudar o código/imagem gerada inicialmente. Para utilizar o Microsoft Tag é necessário instalar um leitor que utilizará a câmera dos aparelhos celulares para scanear as imagens.

Confira como funciona o Microsoft Tag

“Entender o comportamento do consumidor é fundamental para um planejamento estratégico”, diz Felipe Morais

Em continuidade a série de entrevista “3 perguntar para” questionamos ao autor do (bom) livro Planejamento Estratégico Digital, Felipe Morais, os desafios em tempos de comunicação integrada e baseada em redes sociais e as diferenças entre o planejamento offline e online.  Confira o bate-papo por e-mail com o especialista:

Felipe Morais | Divulgação

Yuri Almeida- Existe (m) diferença (s) ao elaborar um planejamento estratégico para um marca/empresa “offline” e “online”? Qual (is) essa (s) diferença (s)?

Felipe Morais – Sim. Mesmo que tudo seja comunicação, é importante salientar que as respostas são diferentes. Vender um carro pela TV é diferente de vender pela web, pois no digital é possível um nível de interação muito maior, por outro lado, um comercial na TV vai provocar que o usuário vá para a web conhecer mais sobre o produto.

Essa é a diferença, pois a metodologia de planejamento acaba sendo a mesma, onde, basicamente o planner deve ligar o consumidor com as marcas, entendendo o objetivo da marca, quem é esse consumidor – entender a fundo – pesquisar o cenário e mercado em que a marca está inserida e traçar a estratégia, para isso independe se é on ou off.

Y.A – Quais elementos são imprescindíveis em um planejamento estratégico?

FM- Entender o comportamento do consumidor. Saber quem é, o que faz, como faz, porque compra, onde compra, quem influencia e como interage com o produto. Isso é essencial. O Planner também deve ser um eterno curioso! Pesquisar tudo a todo o momento. Entender e analisar tudo. Se colocar no lugar do consumidor e entender como comprar. Planners devem ir para a rua conhecer a fundo seu público.

Y.A – Aqui na Bahia, a maior parte das “grandes” agências de publicidade não contam com núcleo digital – geralmente terceirizam o serviço para agências “menores” especializadas. Tal cenário pode prejudicar a elaboração e/ou execução do planejamento estratégico?

FM – Depende da integração. Recentemente vivi essa experiência e sinceramente não foi nada positiva pelo alto ego da agência offline. Se as duas agências se focarem no resultado para o cliente e esquecerem o ego, as chances de dar certo são maiores. Já vi casos assim. Tudo depende da integração entre as agências e do pulso firme do cliente.

Associated Press proíbe utilização de seus textos pela mídia colaborativa

Sob a acusação de violar o copyright, a Associated Press (AP) enviou carta à Drudge Retort exigindo a retirada das citações oriundas da AP.

A blogosfera, é claro, reagiu, acusando a Associated Press de impedir o direito da citação/apropriação de conteúdo e lançou uma campanha de boicote a AP. Além disso, críticas duras foram realizadas ao formulario de cotas pagas para reproduzir citações da Agência. Até Dan Gillmor escreveu sobre o assunto.

Em tempo de conteúdo colaborativo, web 2.0, inovações e ampliação do campo jornalístico é no mínimo estranho a postura da Agência de notícias mais influente do mundo e revela a difícil relação/entendimento do mainstream midiático com as mídias colaborativas.

Entretanto, recentemente, vimos bons exemplos de relação “harmonioso” entre mass media e colaborative media . O Publico.PT criou uma lista dos trackback feitos por blogs que comentaram as matérias do referido jornal e o La Vanguardia.es. deu início ao La voz de la blogosfera, que através do sistema Twingly, um motor de busca + ping conectará as reações dos blogueiros acerca do noticiário do La Vanguardia.es.

Defendi em outro post que tais iniciativas mostrarão a influência do jornal na promoção dos debates e o perfil dos usuários, além de um importante mecanismo para interatividade entre media e usuários, tornando as notícias mais dialógicas.

Comentários Seminário de Internatividade (FTC) com Alex Primo e Marcos Palacios

Participei ontem do Seminário de Interatividade realizado na FTC – Salvador com a presença dos professores Alex Primo (UFRGS) e Marcos Palacios (FACOM-UFBA) acerca da cibercultura, interação, blogs, jornalismo e afins.

 

 

A exposição do Alex Primo fora dividida em duas partes:

 

 

a) rápida abordagem do seu recém-lançado livro, Interação Mediada por Computador, onde analisa os impactos/interferência/fenômeno da relação mediada por computadores. Primo centra sua pesquisa na interação/mediação através dos computadores, fugindo da velha estrutura emissor versus receptor. Em síntese, a obra busca responder: “se a interconexão na Internet permite ultrapassar diversas barreiras até então impostas pelos meios massivos, como estudar a interação mediada por computador com auxílio apenas das tradicionais senhas explicativas?”

 

b) traçou um panorama histórico das tipologias de três fases do desenvolvimento tecnológico, propostas por André Lemos.

O Mapa abaixo fora apresentado durante o Seminário e guiou o discurso de Primo.

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Apresento apenas algumas anotações sobre cada fase.

1- Indiferença – O sujeito é visto apenas como um instrumento de Deus e a tradição determina o comportamento social. Não existe a idéia de direitos autorais (porque eramos os escribas de Deus que, por sua vez assopra o conhecimento em nossos ouvidos, aquela “estória” de tudo vem do Senhor). O autor-oral registra apenas a tradição e verbaliza o sopro divino. Nesse estágio a mídia é marcada pela oralidade e a metáfora é o céu.

2- Conforto (Modernidade) – Há um controle e transformação da natureza, dessacralização e racionalismo. Segundo Primo, “ o que a ciência não consegue explicar ou provar não existe. O conhecimento resulta da ciência, através dela atingimos o progresso. Dominar a natureza e controlar o mundo é a garantia do progresso”.

Nessa etapa nasce a noção de direitos autorais como apropriação penal (FOUCAULT). Quem é o responsável por esta obra?

Primo aponta também que o copyright foi essencial para a indústria cultural e em contrapartida foi perversa com o artista. Problematizando a questão dos direitos autorais na contemporaneidade e as as novas interfaces oriundas da internet, como o P2P, Primo destacou que o mercado possui um alto de grau de adaptabilidade, por isso sempre ganha, inclusive com as trocas de arquivos pela internet. Um exemplo claro desse argumento, foi o filme Tropa de Elite, que após cair “na rede” tornou-se sensação nacional.

É nesse contexto que nasce os mass media, a economia é guiada pela raridade (objeto/demanda) e a internet (1.0 na visão de Primo) permite uma interação restritiva: o usuários apenas colhia conteúdo, liam jornais, sites institucionais… A metáfora é o relógio (automatização da vida) ou a escada “um passo após o outro”

3- Ubiqüidade – que tem como grande destaque a ultrapassagem dos limites temporais e geográficos, o que mudará a concepção e relação com o mundo. A metáfora aqui é a rede. O conhecimento valoriza a sabedoria das multidões e a produção coletiva de conteúdos. Esse movimento rompe com a concepção passiva das massas, para um público ativo, co-autor das mensagens e significados culturais.

A autoria propõe as assinaturas coletivas, retorno ao autor anônimo, surgem as licenças livres (Creative Commons) e o copyleft, em contraponto aos direitos autorais e o status da propriedade intelectual.

Segundo Primo, “não importa quem escreve e o seu status, uma vez que o próprio coletivo seria responsável por “editar” os conteúdos. Isso se reflete na economia. A força bruta é substituída pelo trabalho imaterial, no lugar do individualismo a cooperação. Já os medias são vistos como meios convergentes e ubíquos e a web 2.0 (resultante desse estágio) proporciona a interação, caráter dialógico, multimidialidade…

Marcos Palacios

 

Comentou a relação dos blogs e o alongamento do campo jornalístico. A sua fala objetivou responder a seguinte questão: De que maneira o uso dos blogs alteraram o campo jornalístico?

 

A noção de campo fora tomada de empréstimo do sociólogo francês, Pierre Bourdieu que compreende campo como o funcionamento das sociedades complexas, ou seja, suas regras, estruturas hierárquicas, funções e posições. O campo também é o palco de luta entre os atores do microcosmo visando se apropriar de um capital (seja ele simbólico, financeiro) do campo. Palacios destacou ainda que: cada campo corresponde à um habitus e estabelece os valores e formas de acesso (o diploma para ingressar na atividade jornalística, por exemplo) ao campo.

 

O que achei interessante na apresentação do Palacios foi a compreensão de que a internet proporcionou poucas rupturas, mas grandes continuações, no jornalismo, por exemplo. A grande ruptura, defende ele, foi a “quebra dos limites espaciais e temporais, que possibilitou ao jornalismo novas interfaces produtivas e conceituais e a liberação do pólo emissor, que reconfigurou os papeis/status do emissor e receptor, tornando-os interagentes nos processos comunicacionais”.

 

Noção de blog : em primeira instância, suportes e ferramentas comunicacionais.

 

Para entender o impacto do blog no campo jornalístico, Palacios propõe os seguintes argumentos:

 

1- Subversão do lugar de emissão

2- Questionamento dos habitus (quem é jornalista, quem tem direito a publicar uma informação?)

3- Critérios de noticiabilidade (o que deve ser noticiado?)

4- Vigilância da mídia tradicionais (ombudsman populares/especializados)

5- Ampliação do debate (esfera pública) via comentários dos usuários

6- Blogs como potencialização do Public Journalism.

Para ele cinco aspectos classificatório do “alargamento” do campo jornalístico:

 

 

a) jornalismo difuso

  • a voz dos que estão na cena do crime
  • testemunhas presenciais dos fatos
  • multivocalidade e testemunho direto

– problemas deste tipo de jornalismo: incapacidade de dar forma jornalística as narrativas, contextualiza-las o que resulta um “chuviscos informativos” ou seja os relatos não conseguem adquirir significado noticioso.

b) monitoramento e crítica da mídia tradicional

 

  • sites como Observatório da Imprensa, blogs especializados em crítica da mídia….

c) jornalismo de recuperação da informação residual

 

  • dar visibilidade à aspectos pouco considerados em notícias, eventos, fatos, que não conseguem oportuna relevância nas mídias tradicionais, passam por uma releitura/agregação de novas informações.
  • Complementa informações dos próprios veículos tradicionais
  • possui diferentes critérios de noticiabilidade.

 

d) quebra do monopólio de acesso a fontes

 

  • blogs passam a ter acesso direito a fontes primárias de informação (personalidades, sites institucionais, empresariais, base de dados…uma exemplo é o fácil acesso a dados, release das empresas, pesquisas públicas/governamentais que possibilita aos blogueiros informação equânimes dos jornalistas

e) jornalismo de aprofundamento em colaboração

 

  • capacidade conversacional dos blogs
  • aprofundamento horizontal
  • alargamento temático
  • análise e indagações sobre a realidade complexa, através da linkagem hipertextual com outras vozes;
  • recupera informação da mídia tradicional, pública na web e gera uma realimentação da pauta jornalística da mediasfera (empresas jornalísticas)

 

 

Entrevista com Juliano Spyer

“Conectado, o que a internet fez com você e o que você pode fazer com ela” é resultado de dez anos de experiência em projetos de comunidades online e ações colaborativas nos Estados Unidos, América Latina e Espanha. O autor da obra, Juliano Spyer, historiador e palestrante para o curso de mídias digitais da PUC-SP e do Departamento de Publicidade da ECA-USP, aborda os desafios e as polêmicas geradas pela web em seu livro. Em entrevista (por e-mail) exclusiva para o blog herdeirodocaos, Spyer fala sobre web 2.0, jornalismo open-source, blogueiros, desafios para os jornalistas e declara ser dependente da internet”.

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Confira a entrevista sem cortes e edição. Na íntegra.

 

 

Yuri Almeida -“Conectado, o que a internet fez com você e o que você pode fazer com ela”. É o título do seu livro, lançado recentemente. A primeira pergunta que lhe faço é justamente esta: o que a internet fez com você e o que você pode fazer com ela?

 

Juliano Spyer – O título e subtitulo do livro indicam o dilema de quem usa a internet: ela liberta ao mesmo tempo que prende. Quem está conectado, está preso à máquina, à rede e, ao mesmo tempo, consegue ir muito mais longe. A internet fez isso comigo: me tornou um dependente que, inclusive apresenta ocasionalmente sintomas de abstinência. E o que eu fiz com ela, entre outras coisas, fiz um livro. 😉

 

Y.A – Você é um defensor do sistema open-source. Mas, porque não disponibilizou gratuitamente seu livro na rede?

 

J.S – Em poucas palavras, porque o open não se opõe ao mercado, como aponta o professor Yochai Benkler, autor do livro mais importante sobre esse assunto, The Wealth of the Networks, na opinião de intelectuais importantes como o Lawrence Lessig. Entre outros motivos, optei por lançar o livro apenas em papel porque a participação da editora Jorge Zahar adicionou muito valor ao livro, desde o valor do endosso, passando pela contratação de revisores, ilustradores, capistas e muitos outros profissionais, até a distribuição feita para todo o país. Tenho certeza que se o livro tivesse sido lançado apenas online em PDF, voce nem teria ficado sabendo dele e se tivesse, dificilmente se daria ao trabalho de ler, justamente porque eu não sou conhecido e porque existe conteúdo demais na rede, um total overload de informação.

 

Y.A – A evolução da inteligência coletiva passa pelo desenvolvimento dos conteúdos e programas de forma colaborativa?

 

J.S – A idéia – de novo fazendo referência ao Benkler – é que a rede estimula a formação de uma economia de trocas de informação que funciona como alternativa à economia de mercado. Além de trabalhar por dinheiro, as pessoas trabalham para suprir outras necessidades como formar uma reputação profissional ou se sentir bem apoiando projetos que considere relevantes. Isso justifica o sucesso de projetos bottom-up como o Linux e a Wikipedia.

 

 

“a rede estimula a formação de uma economia de trocas de informação que funciona como alternativa à economia de mercado”.

 

Y.A – Recentemente, a revista The Economist fez uma parceira com os 100 blogs, que abordam o debate sobre a política, mais influente dos E.U.A. A estratégia da revista é antecipar o conteúdo para que os blogueiros comentem as matérias gerando, desta forma, interesse no leitor em adquirir a revista. Esse fato explica o que você destaca: que o blog propicia uma experiência libertadora: a de conversar com audiências?

 

J.S – A experiência libertadora a que me refiro é ter a oportunidade de aprender a conversar com audiências, de cada pessoa poder assumir sua parte de responsabilidade pela condução do debate na esfera pública. O fato da The Economist – talvez a revista mais influente do mundo hoje – reconhecer a importância da comunidade blogueira confirma que os meios tradicionais estão procurando maneiras para se inserirem e aproveitarem o fato da comunicação ser barata e acessível.

 

Y.A – O Jornal de Debates promoveu a seguinte discussão: a internet aproxima ou distancia as pessoas. Qual a sua opinião?

 

J.S – Acho que a internet permite que mais pessoas falem entre si. Nesse sentido, ela aproxima.

 

Y.A – Na opinião de Pierre Lévy: “A web 2.0 significa apenas que tem muito mais gente se apropriando da tecnologia da internet, o que a torna um fenômeno social de massa. Você propõe um conceito de web ao vivo e mídia social . Poderia explicar melhor estes conceitos?

J.S – Eu não gosto do termo Web 2.0 porque acho que ele é vago e pode servir para pessoas tirarem proveito do aquecimento da economia oferecendo produtos e serviços que não sejam úteis ou apropriados para as necessidades de quem compra. Web ao vivo é um termo que eu vi no blog do José Murillo Jr e se refere, até onde eu entendo, a essa infraestrutura de comunicação que é sustentada pela participação de pessoas – em oposição, por exemplo, à web que usa notícias “frias”, produzidas e distribuídas em massa pela indústria da notícia. Mídia social vai pelo mesmo caminho.

“cada pessoa poder assumir sua parte de responsabilidade pela condução do debate na esfera pública”.

 

Y.A – Qual a sua avaliação das experiências de jornalismo colaborativo no Brasil?

 

J.S – Acho que estamos presenciando um momento muito rico, de amadurecimento do usuário brasileiro da internet. Até pouco tempo, muita gente que tinha coisas interessantes a dizer não conseguia porque usava a Web apenas para fazer pesquisas e mandar emails. Meu livro foi escrito para esse público, com o objetivo de acelerar esse processo da abertura dos canais de comunicação.

 

Y.A – A prática mostra que o brasileiro gosta mesmo é relacionamento. Você acha que este componente é essencial para as experiências colaborativas? Como poderíamos aplicar o relacionamento em uma experiência de jornalismo colaborativo, por exemplo?

 

J.S – O blog é um instrumento de relacionamento. A maioria dos blogs indica uma série de outros blogs, que constituem sua rede de contatos. O blogueiro vive de reprocessar e repassar as informações que o interessam. Quanto mais o assunto tratado no blog for de interesse público, mais ele estará inserido em comunidades e participará da discussão e da difusão de notícias.

 

Y.A – Você concorda que o blog seja uma manifestação individual?

 

J.S – Sim e não. Um blog só existe junto com a blogosfera. Mas ele é a expressão de uma ou poucas pessoas.

 

Y.A – Em uma entrevista você declarou: “Logo seremos parte de um Matrix e as pessoas vão preferir usar o Google a usar suas memórias”. Isso prova que a tecnologia é a extensão do homem? Ou a internet será uma dependência nociva?

 

J.S – A tecnologia sempre causa dependência. Será que nos adaptaríamos facilmente à vida sem eletricidade? Acho que a frase que voce citou apenas indica que estamos mais submetidos a essa infraestrutura de armazenamento e transmissão de informações.

 

“A tecnologia sempre causa dependência”.

 

Y.A – Ao afirmar que um blogueiro profissional não é diferente de um jornalista, você esta se referindo as técnicas utilizadas (reportagem, entrevista) e o fim da atividade (produzir conteúdo) ou o blogueiro também já pertence ao campo social do jornalismo. Eles possuem o mesmo capital social? Desempenham a mesma função na sociedade?

 

J.S – Eu acho que o blogueiro não é só a pessoa que usa o blog para se comunicar. O blogueiro profissional, que ganha para escrever, está se colocando na função de jornalista.

 

Y.A –Quais seriam os desafios (resultante da internet) para os futuros jornalistas?

 

J.S – acho que o desafio se resume ao que o dan Guilmor disse no seu We Are the Media: “aprender que sua audiência sabem mais que você e que isso pode ser uma grande vantagem”.

Y.A – O que você acha mais interessante na internet? E o mais bizarro?

J.S – Acho que a própria internet é o mais interessante da internet. E com relação a coisas bizarras, é mais fácil ler o livro The Cult of the Amateur, que mostra muitos motivos para a gente ter saudades da época em que a internet não existia.