StoryMaps

A outside.in lançou uma ferramenta interessante para potencializar as experiências que envolvem hiperlocalismo e conteúdo, o StoryMaps. A “novidade” é indexar os textos a partir dos feeds dos blogs, tendo como base os locais/espaços citados nos posts. A novidade (sem aspas)  é que não será preciso adicionar manualmente os dados, basta o cadastro do feed no Geotoolkit.

O objetivo do StoryMaps é possibilitar o entendimento do que o “ocorre em torno de mim?” Até então, o funcionamento está restrito aos Estados Unidos. É possível adicionar uma mapa na home para sinalizar os comentários sobre um bairro, por exemplo. Veja estes exemplos New Columbia Heights, Gothamist, Flatbush Gardener.

Steven Johnson explica que a ferramenta potencializará o hiperlocalismo e a construção de sentido para os espaços urbanos, uma vez o projeto transcende a idéia de um guia de bares/restaurantes, sendo construído coletivamente num fluxo dinâmico-experimental. O interessante também é a memória que a ferramenta possibilita, já que o histórico de posts sobre determinado local fica armazenado.

Google Maps

Tenho comentado com freqüência sobre mashup, mapas, território. A base dessas experiências locativas é o Google Maps, que possui uma interface simples e possibilita a colaboração para o “redesenho” dos territórios/espaços/cidades.

Mas, para quem ainda tem dúvidas de como utilizar o Google Maps, o vídeo abaixo é bastante esclarecedor sobre as funcionalidades e potencialidades da ferramenta.

Mapeando radares

maparadar

Um mashup colaborativo (Mapa Radar) propõe indexar os radares existentes nas ruas das cidades brasileiras. O projeto é do programador Israel Rodriguez, que prepara uma versão para celulares e outros sistemas portáteis.

Assim que tiver tempo coloco no “ar” um mashup de câmeras de vigilância que estou a desenvolver.

Dica do Pelosi, Gerson e wwwhat’s new

Iphone e o geotagging

Além da mobilidade que os dispositivos móveis já permitem, em especial o Iphone, a nova geração 3G do aparelho da Apple trará o software que irá potencializar o geottaging e a ressignificação do espaço urbano.

Ao tirar uma foto o usuário receberá uma mensagem questionando se quer colocar uma tag na imagem com sua informação geográfica. Com isso, a memória, a reconfiguração lugar, questões como espaço e mobilidade, o espaço urbano são cada vez mais representados/reconfigurados via novas tecnologias de informação e comunicação.

Notícias no Google Earth

É o que informa o post do JW. O Google anunciou nesta semana que adicionou o seu canal de notícias (Google News) ao Google Earth. Com isso, o sistema organizará e irá apresentar as notícias nos locais que elas ocorreram.

Penso que a iniciativa reforça a noção pós-massiva dos medias, que vincula-se à um determinado lugar porém com apelo global. As criaram novos sentidos e/ou apropriações do território, existe uma nova forma de se relacionar com o território, de transitar pelo espaço (segundo André Lemos espaço é movimento), bem como a criação de lugar (lugar é pausa, repouso, fixação na definição do professor).

O anúncio do Google me fez lembrar a tese do Anthony Townsend. Segundo ele, devido a uma população cada vez mais numerosa, sendo 90% urbana, será necessária uma comunicação global e permanente, o que ela chama de geoweb.

“Não se trata só de instalar nas ruas aparelhos públicos dos quais acessar a Internet, mas ter dispositivos que nos permitam obter informação sobre o lugar, tanto oficial quanto os comentários ou as fotos das pessoas que já estiveram lá. Haverá em cada cidade um arquivo e uma memória de tudo o que acontece”.

Ciber.Comunica 3.0, parte I

Após uma longa espera, o Ciber.Comunica 3.0 iniciou suas atividades com a videoconferência do professor André Lemos, direto do Canadá onde está a realizar seu pós-doc. Lemos abordou a temática das Mídias Locativas e Comunicação. No final a conexão caiu e Lemos não pode finalizar sua apresentação.

Sugiro a visita ao Carnet de Notes, site do André Lemos e a escuta do podcast (na íntegra) da palestra proferida no Ciber.Comunica 3.0.

A tese básica defendida por Lemos foi destacar como as novas tecnologias de informações e comunicação (TIC’) propiciaram novas formas de mobilidade e a reapropriação dos espaços urbano. Na concepção dele, a internet/ciberespaço não gera processos de desterritorialização, a anulação dos lugares ou desenraiza o vínculo social. Para Lemos as (TIC’s) criaram novos sentidos e/ou apropriações do território, existe uma nova forma de se relacionar com o território, de transitar pelo espaço (segundo Lemos espaço é movimento), bem como a criação de lugar (lugar é pausa, repouso, fixação na definição do professor). Exemplo deste processo é a geolocalização (uso de GPS, mapas para indexar informações sobre o território), smarths mobs (aqui um exemplo), anotações urbanas (vagar pela cidade via GPS), street  games (intercâmbio de tecnologias e jogos na rua).

Sobre a mobilidade, Lemos classificou-a em três tipos:

– mobilidade física – ex: andar de ônibus, turismo, existe o deslocamento corporal sobre o território.

– mobilidade imaginária – capacidade de criar links via deslocamento imagináro. Ex: sonhos, pensamentos.

– mobilidade informacional virtual – transitar pelo espaço urbano via fluxos informacionais. A informação associada à mobilidade.

O conceito de mídias massivas e pós-massivas fora trabalhado por Lemos para explicar os fluxos informacionais presentes na sociedade contemporânea.

Algumas características da:

1-      – Mídia Massiva – fluxo centralizado (um-todos), controle editorial, financiamento pela publicidade, quanto maior a audiência maior a captação de anúncios e renda para o media, a mídia atua sobre um território específico, possui um caráter meramente informativo e há o “controle” do Estado.

2-      – Pós Massiva – liberação do pólo emissor, multifluxos comunicacionais (todos-todos), não concorrência (um blog não disputa leitores com outros ou o consumo se dá por nichos de mercado), produto personalizado, gera zonas conversacionais, bidirecional. Cabe destacar que a mídia pós-massiva vincula-se à um determinado lugar (vide jornalismo hiperlocal, comunitário) porém com apelo global.

Adelino Mont’Alverne abordou o tema: “comunicação, tecnologia móvel e publicidade” e trouxe pontos importantes sobre os desafios para o marketing/propaganda na adaptação no ambiente móvel e de fluxo bidirecional ou pluridirecional.

Dentre os obstáculos destacou:

– proliferação de meios (blogs, fotolog e afins);

– dispersão do público;

– saturação dos formatos da propaganda (banner, spots de rádio e afins)

– novo conceito do horário nobre (cada vez mais personalizado)

– problemas com a hipercomunicação

Gravei trechos da palestra. Assim que o upload for concluído acrescento no post.