Quando o sol esfriar

Ela queria só andar um pouco de bicicleta. Mas o pai insistiu que o sol estava quente: muitooooo quente Samantha, os raios ultravioleta são prejudiciais à saúde… é o que ele sempre diz….é, só resta esperar.

Ela procurava as bonecas? Ah! No final do balde…tirou o conjunto de panelas, miniaturas de um leão, cavalo, boi, tigre, camelo. Hum…achou a maquiagem, quando o sol esfriar e for andar de bicicleta passarei no meu rosto…continuava a procurar a boneca? Ali, mas no fundo, só restava tirar o balde de praia e a bolinha pula-pula. Pegou. Estava sem a saia, só com a blusa…toda suja. Chamou á boneca, para dar-lhe um banho…

Abri a torneira, a pia estava sem sabonete… pegou o dela! A sua saboneteira é azul, a de seu pai é um verde desbotado, ele não gosta de lavar. Fica sempre junto da filha. Em cima a de vovó Lene, não tem cor, dá para ver a tonalidade do sabonete e a na prateleira de baixo, tio Ícaro e tio Ian dividem a saboneteira amarela, sempre cheia de água. Vovó Lene sempre briga, porque o sabonete acaba mais rápido.

O seu é de criança, bem pequenininho e tem cheiro de morango. Molhou o rosto da boneca, passou o sabonete de morango, esfregava bem…voltava abrir a torneira, esfregava, esfregava, opa! Fechou a torneira para papai não brigar…abriu novamente, a água saia da torneira limpinha, enfiou a cabeça da boneca debaixo, gotas vermelhas, pretas, rosa, azul, amarelo formam um arco-íris na pia, a cara da boneca estava quase limpa…mais um pouquinho de sabonete vai resolver, shac, shac…bem forte esfregando os dedos sob a cara da boneca. Pronto. Estava limpa…

Já dissera ao para não colocar a sua toalha no banheiro para enxugar o rosto. Ainda mais essa do ursinho, a que ela mais gostava…Estava toda molhada, xiiii, molhou o cabelo dela também. Levou a boneca, agora limpinha para o quarto ficar com suas amiguinhas. Uma do lado da outra, Samantha fico no meio, era mãe e a boneca a sua filha… agora iria trocar de roupa..Futucou o balde… esse pedaço de pano deve serviu…  Olhava atenta o sol pela janela. Finalmente o pai olhou para o relógio, olha para ela, abri a boca, os lábios se mexeram, uniram-se as letras, formaram as sílabas, ganharam tonalidade, nasceu a palavra S-O-L. Esfriou…

Você fica aqui filhinha e saiu à procura da sua maquiagem.

 

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